Tragédia em Jaboatão dos Guararapes: Mulher Tem Prisão Preventiva Decretada Após Morte de Bebê

Tragédia em Jaboatão dos Guararapes: Mulher Tem Prisão Preventiva Decretada Após Morte de Bebê

por: poliane ketlen

Uma audiência de custódia realizada no fórum de Jaboatão dos Guararapes resultou na conversão da prisão em flagrante para preventiva de uma mulher acusada de matar sua filha bebê. Segundo o advogado da acusada, a mulher enfrentava um quadro de depressão, uso de drogas e abandono familiar, o que culminou em uma tragédia.

A acusada relatou que foi abandonada pelo pai da bebê durante a gravidez. Desesperada, ela tentou abortar a criança várias vezes sem sucesso. O pai havia prometido que assumiria a responsabilidade pela criança após 30 dias do nascimento, mas não cumpriu o acordo. Esse contexto de abandono e promessas não cumpridas agravou o estado emocional da mulher.

Em meio a esse turbilhão, a mulher entrou com um processo civil de família, buscando pensão alimentícia e reconhecimento de paternidade. Embora tenha obtido uma decisão favorável recentemente, o desespero persistiu. No dia 21 de abril, durante um episódio de depressão pós-parto, a mulher, que já era usuária de maconha, passou a consumir drogas mais pesadas como cocaína e crack. A situação se deteriorou rapidamente: ela perdeu o emprego, começou a se prostituir para sustentar o vício e teve seu filho de sete anos retirado de sua guarda pela família devido às péssimas condições financeiras e emocionais.

Diante desse cenário de sofrimento, a mulher decidiu tirar a própria vida e a de seus filhos. Primeiro, deu veneno para a bebê, mas logo depois se arrependeu. Tentou salvar a criança, que começou a regurgitar, mas já era tarde demais. A mulher também ingeriu veneno, mas a quantidade foi insuficiente para ser letal. Em um ato desesperado, guardou o corpo da filha na geladeira por mais de 30 dias.

O caso, que chocou a comunidade, destaca a necessidade de um olhar mais atento às questões de saúde mental e suporte social para mulheres em situações vulneráveis. A prisão preventiva foi decretada para garantir a segurança da sociedade e a integridade do processo judicial. As investigações continuam, buscando esclarecer todos os detalhes e responsabilidades desse triste episódio.

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