Projeto na CLDF quer impedir mulheres trans em competições femininas

Projeto na CLDF quer impedir mulheres trans em competições femininas

Por: Jornalista Kelven Andrade

Nesta quinta-feira (1/8), um Projeto de Lei (PL) de autoria do deputado distrital Pastor Daniel de Castro, que visa proibir a participação de atletas transgênero em competições femininas, foi protocolado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

A proposta estabelece “o sexo biológico como critério exclusivo para a determinação do gênero de atletas em competições, excluindo a possibilidade de participação de atletas transgêneros em categorias femininas no Distrito Federal”.

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“O PL 709/2023 é uma medida necessária para garantir a equidade nas competições esportivas e proteger o espaço conquistado pelas mulheres no esporte. A inclusão de atletas transgêneros pode trazer desequilíbrios fisiológicos, colocando em risco a segurança das competidoras”, informou o deputado.

O PL prevê punições em caso de descumprimento da proposta, incluindo: desclassificação, suspensão, devolução de prêmios e multa de até 100 salários mínimos. O projeto ainda será analisado pela Câmara Legislativa.

Polêmica nas Olimpíadas de Paris:

O PL vem no dia em que o assunto ficou em alta nos Jogos Olímpicos de Paris. Nesta quinta, a boxeadora italiana Angela Carini subiu no ringue e, após segundos de luta, jogou a toalha. Ela lutava contra Imane Khelif, uma boxeadora argelina que foi desclassificada do mundial de boxe no ano passado por ter sido reprovada em um teste de gênero.

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Apesar da desclassificação, Khelif foi admitida para competir nas Olimpíadas.

A luta entre a argelina e a italiana era válida pela categoria até 66 kg, mas Angela se ajoelhou no chão e começou a chorar. “Eu subi no ringue para lutar, não me rendi, mas um soco me machucou muito, e eu pedi para parar”, contou.

O Comitê Olímpico da Argélia (COA) negou que a pugilista seja transexual e acusou veículos de imprensa estrangeiros de “difamação”. Entretanto, a organização não justificou o motivo de sua atleta ter falhado no teste de gênero do ano passado.

“O COA condena veementemente a difamação e a perseguição antiéticas à nossa estimada atleta, Imane Khelif, com propaganda infundada de certos meios de comunicação estrangeiros. Tais ataques à sua personalidade e dignidade são profundamente injustos, especialmente enquanto ela se prepara para o auge da sua carreira nos Jogos Olímpicos. O COA tomou todas as medidas necessárias para proteger a nossa campeã”, disse a entidade.

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