O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Existem vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de ocorrência de um AVC, e a maioria deles está relacionada ao estilo de vida, como hipertensão, tabagismo, sedentarismo e diabetes tipo 2.
“Controlar a pressão arterial é, sem dúvida, o fator mais importante e, ainda assim, o mais negligenciado. A hipertensão é silenciosa, mas responde muito bem ao tratamento quando há adesão e acompanhamento médico. É o passo mais eficaz para evitar o AVC”, afirma o neurocirurgião Hugo Doria, médico do Hospital Santa Catarina – Paulista.
O AVC, também conhecido como derrame cerebral, é uma emergência de saúde grave, caracterizado pelo entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos que alimentam o cérebro.
Existem dois tipos de AVC: o mais comum é o isquêmico, que acontece quando a circulação sanguínea é bloqueada; já o hemorrágico ocorre devido ao rompimento de algum vaso na região.
Embora seja mais comum em pessoas com mais de 60 anos, que já acumulam problemas de saúde, o acidente vascular cerebral também pode ocorrer em pessoas jovens.
Principais fatores de risco do AVC
- Hipertensão;
- Sobrepeso;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Uso excessivo de álcool;
- Tabagismo;
- Uso de drogas ilícitas;
- Diabetes tipo 2;
- Colesterol alto.
O estresse como causador do AVC
Estudos já apontaram o estresse como um complicador importante para o AVC. Acredita-se que ele seja um facilitador para a instalação de outros fatores de risco, como o sedentarismo e o tabagismo.
“A gente imagina que o indivíduo que é estressado faça menos exercício, cuide menos da sua alimentação, talvez seja uma pessoa que não consiga ir ao médico para avaliar os fatores de risco tratáveis, como hipertensão e diabetes”, considera a médica Gisele Sampaio, neurologista e pesquisadora do Hospital Israelita Albert Einstein.
Prevenção
Evitar os fatores de risco associados ao estilo de vida ainda é a melhor forma de prevenção ao AVC. Algumas medidas importantes incluem: manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, não fumar, moderar o consumo de álcool, controlar a pressão arterial, o colesterol e a diabetes, além de gerenciar o estresse.
O neurocirurgião Hugo Doria ressalta que cerca de 90% dos AVCs poderiam ser evitados com políticas públicas consistentes de controle da pressão arterial, de arritmias e incentivo à atividade física. “Saber identificar sinais, agir rápido e realizar acompanhamento regular mudam a trajetória de quem poderia ser mais uma vítima”, avalia.
Outro ponto que preocupa o médico é a alta taxa de recorrência entre pacientes que não mantêm o controle dos fatores de risco. “Quem abandona o tratamento da hipertensão, deixa a diabetes descompensado ou continua fumando, tem risco muito maior de sofrer um novo AVC”, alerta o médico.
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