A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) prendeu, na tarde de sexta-feira (22/8), Evenilson de Oliveira Ferreira (foto em destaque), de 24 anos, conhecido como “Mistério”, apontado como principal líder do tráfico de drogas em Coari e representante do Primeiro Comando da Capital (PCC) no município, localizado a 363 km de Manaus.
A ação, coordenada pelo 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), contou com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e de setores de inteligência.
O criminoso foi localizado em uma base fortificada na Rua Crispiliano Sales, bairro Urucu, onde se escondia com três mulheres, um pistoleiro e um arsenal ilegal.
Durante a operação, batizada de Tentáculos, foram apreendidos: 4,5 kg de pasta-base de cocaína; uma pistola calibre 9mm com 19 munições; oito celulares; e valores em espécie.
Além de Mistério, também foi preso Ryan Cabral de Souza, de 21 anos, apontado como pistoleiro do grupo e foragido por homicídio. Todos foram encaminhados à Delegacia Interativa de Coari, onde permanecem à disposição da Justiça.
Histórico de crimes brutais
A prisão do homem remonta um dos episódios mais violentos do interior do Amazonas. Em março de 2017, quando tinha apenas 19 anos, ele encomendou a morte do cantor de forró Melvino de Jesus Júnior, da banda Júnior e Banda, durante um show em Codajás (AM).
O assassinato, cometido por engano, teve como alvo um traficante rival. Melvino foi executado a tiros no palco, em frente ao público.
Na época, Mistério chegou a confessar o crime em coletiva de imprensa:
“Peço desculpa para a família e amigos. Perdão só vem de Deus”, disse, alegando que a vítima morreu em uma emboscada que “deu errado”.
Apesar da prisão e do processo, Mistério retomou o controle do tráfico em Coari e, segundo a PM, era um dos principais articuladores do PCC no interior do Amazonas, comandando a distribuição de drogas e ordenando execuções de rivais.
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