O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em documento enviado ao Supremo na última sexta-feira (22/8), Lindbergh afirma que as condutas de Bolsonaro transcendem “a mera desobediência individual e se inserem em um padrão de caos organizado e desestabilização institucional”, diz o documento.
De acordo com ele, a prisão do ex-presidente seria necessária para garantir a ordem pública durante o julgamento no STF pela trama golpista, marcado para o dia 2 de setembro. No documento, o deputado citou os episódios do dia 8 de janeiro de 2023 e o ataque ao prédio da Superintendência da Polícia Federal no dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022.
Além disso, Lindbergh também citou no documento o descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF, como a utilização indevida de redes sociais, a criação de listas de transmissão e a divulgação de conteúdos políticos por intermédio de terceiros.
O líder do PT afirma, ainda, que existe concreto risco de fuga do território nacional, evidenciado pela elaboração de
minuta de pedido de asilo político ao governo argentino, com a finalidade de frustrar a jurisdição do STF e escapar do julgamento.
“A lógica de “tudo ou nada” indica que tais práticas se perpetuem em liberdade com a repetição de métodos que atentam contra a normalidade democrática e o funcionamento regular das instituições, impondo ao Judiciário o dever de interromper de forma enérgica a continuidade delitiva”, afirma o documento.
Em outro documento, enviado ao STF na quinta-feira (21/8), Lindbergh pede a quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens da família Bolsonaro com a justificativa de que existem indícios de que a família esteja envolvida em esquemas de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude processual.
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