Governo Maduro convoca novo alistamento militar de civis na Venezuela


Em meio às ameaças dos Estados Unidos de Donald Trump, o governo da Venezuela anunciou uma nova rodada de alistamento militar de civis do país. O pedido foi feito pelo ministro da Defesa e Soberania, Vladimir Padrino López, em discurso nesta quarta-feira (27/8).

De acordo com o ministro, um dos principais nomes do chavismo na Venezuela, mil postos de alistamento estarão disponíveis nos 225 municípios do país no sábado (30/8) e no domingo (31/8).

No último fim de semana, o governo venezuelano já havia convocado um alistamento militar em massa. A ideia é fortalecer a Milícia Nacional Bolivariana da Venezuela.

Até o momento, ainda não está claro quantos civis já se alistaram ou como serão usados. O ministro da Defesa, Padrino López, falou em “participação massiva” da população na última convocação.

Maduro ameaçado

A movimentação em torno da Venezuela aumentou nas últimas semanas, após o governo dos EUA aumentar a pressão contra o contestado governo chavista. Para a administração Donald Trump, Maduro é o chefe do cartel de Los Soles. O grupo, por sua vez, foi classificado por Washington como uma organização terrorista, em meio a mudanças na política externa do país.

A reclassificação do Los Soles — e outros grupos ligados ao tráfico internacional de drogas — como “organização terrorista” vai além de uma mera retórica, e abre brechas para que os EUA realizarem operação militares em outros países contra tais carteis.

Depois da mudança, o jornal The New York Times revelou uma nova diretriz assinada por Trump, onde o Pentágono foi instruído a agir contra cartéis de drogas na América Latina. Com isso, uma frota de três navios de guerra dos EUA foi enviado para a região costeira da Venezuela, transportando cerca de 4 mil militares.

Diante da ameaça do governo Trump, que prometeu usar “todo o poder” norte-americano contra Maduro, o presidente da Venezuela iniciou uma mobilização militar no país.

Além de alistamentos para civis, o líder chavista mobilizou cerca de 4,5 milhões de milicianos, e enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia. Navios de guerra também foram mandados ao mar, para realizar patrulhas nas águas que cercam o país. 

 



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