Voltado para alunos do 4º ano, projeto convidou jornalistas para um bate-papo de descobertas sobre a profissão
Por Redação, Ascom/SEEDF
Estudantes do quarto ano, da EC 03 do Paranoá, participaram de um bate-papo com os jornalistas Ícaro Henrique e Andressa Rios | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
Pesquisa, produção de texto, edição e trabalho em equipe. Na Escola Classe (EC) 03 do Paranoá, a curiosidade se torna manchete todos os dias e a sala de aula se transforma em uma redação de imprensa. Os estudantes do 4° ano protagonizam uma iniciativa inspiradora que une aprendizagem e comunicação, o Jornal Escola em Ação. A iniciativa oferece às crianças experiências na prática sobre o universo do jornalismo, com direito a entrevistas, apuração e produção de conteúdo.
O projeto propõe oficinas práticas sobre gêneros jornalísticos, cobertura de eventos escolares e produção de conteúdo para redes sociais. As crianças atuam como verdadeiros repórteres mirins e escrevem, entrevistam, filmam e fotografam com autonomia e criatividade.
A servidora Andressa Rios contou um pouco sobre o processo de apuração de uma matéria jornalística | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
Voluntários com experiência em comunicação podem ser convidados para ministrar oficinas específicas sobre jornalismo e produção de conteúdo, compartilhando suas experiências e conhecimentos com os estudantes. Na última quinta-feira (29), os alunos tiveram a oportunidade de participar de uma oficina com os jornalistas Andressa Rios e Ícaro Henrique, assessores de imprensa na Secretaria de Educação do DF (SEEDF), que dividiram suas vivências na profissão com as crianças.
A jornalista Andressa Rios compartilhou sua passagem profissional por emissoras de televisão com os pequenos. “Realmente é prazeroso contar para as crianças um pouco da minha experiência como jornalista, mostrar a variedade de especialidades de que a profissão dispõe e auxiliá-las na confecção do jornal”, conta Andressa.
Ela ainda relata que ajudar no processo de aprendizagem dos estudantes é uma experiência única. “As disciplinas de produção de texto, de português e o aprendizado de novos idiomas são importantes para crescer na carreira jornalística, já que fortalecem a comunicação e expandem as oportunidades profissionais”.
O assessor Ícaro Henrique contou sobre suas experiências em programas jornalísticos de rádio e jornal impresso. Segundo ele, poder dividir esses momentos com os alunos é gratificante, pois foi na infância que ele se descobriu como comunicador.
O jornalista Ícaro Henrique recebeu diversas perguntas dos estudantes ao longo da conversa | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
“Fiquei muito feliz com o convite, pois minha vida no jornalismo começou quando eu era pequeno. Sempre fui uma criança que questionava as coisas, era curioso, assistia ao Jornal Nacional ao lado do meu avô”, lembra Ícaro. “Compartilhar a magia do rádio e imprevistos do jornal impresso com eles foi gratificante”, finaliza.
Protagonismo
O coordenador pedagógico e idealizador do projeto, Michel Severino acredita no poder do jornalismo como ferramenta de aprendizagem, expressão e protagonismo. “Nosso objetivo é que eles aprendam a ler e escrever melhor, mas principalmente, que desenvolvam senso crítico, autoestima e saibam que a voz deles importa”, afirma Michel.
Além das edições impressas, o jornal conta com uma mascote criada pelos alunos e uma presença ativa nas atividades da escola, como a festa junina e o projeto de leitura LiterArte. “Mais do que aprender sobre o que é um jornal, eles se tornam protagonistas das próprias histórias”, completa o coordenador.
O jornal Escola em Ação já é produzido pelos estudantes e a camiseta também foi confeccionada pela escola | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
O bate-papo se estendeu com perguntas pertinentes dos estudantes, que apesar de pequenos, mostraram-se interessados na profissão. Samuel Gomes, de 10 anos, se voluntariou e demonstrou interesse no assunto. “Quais os perigos que você já enfrentou na profissão?”. Bem-humorado, o jornalista Ícaro explicou sobre as vertentes do jornalismo investigativo.
As crianças ainda perguntaram sobre viajar a trabalho para entrevistar alguma fonte, reportagens marcantes e difíceis que já foram realizadas, se já houve contato com personalidades famosas, o que os jornalistas mais gostam e desgostam na profissão, entre outras. A próxima cobertura jornalística dos pequenos é aguardada na festa junina na escola.
