As marcas estão em todos os lugares e as informações também. As pessoas são bombardeadas o tempo inteiro com fatos, notícias e assuntos dos mais variados, seja na vida real ou na digital. Disputar essa atenção não é tarefa fácil. Por isso, o marketing está se reinventando e levando a divulgação além.
O consumidor atual, mais exigente, disperso e seletivo, busca interações personalizadas e com propósito.
Relatórios como o CX Trends, da Zendesk, apontam para um aumento significativo do investimento em soluções de marketing conversacional na América Latina, destacando a importância de interações humanizadas, instantâneas e significativas.
Sim, já sabemos que o marketing de experiência começou com grandes festivais e eventos.
Mas, a pergunta agora é: como levar esse mindset para tudo o que fazemos? O futuro das marcas não está mais no palco principal — está em cada ponto de contato.
A nova era exige que elevemos o marketing de experiência a um novo patamar, em que a tecnologia se integra ao real, promovendo coexistência, bem-estar e regeneração. É o momento de transformar qualquer contexto em uma possibilidade de conexão viva, intencional e memorável.
No atual cenário, essa é a saída para transformar grandes ideias em experiências marcantes, criando interações reais e, sobretudo, gerando engajamento emocional.
Por isso, o live marketing se consolidou como uma das estratégias mais eficazes para estabelecer conexões genuínas com o público-alvo. O Marketing Experiencial veio para ficar.
O Marketing Experiencial
O marketing experiencial vai além de encantar: ele entrega valor. E sim, também entrega resultado. Quando bem executado, transforma percepções em comportamento, afeto em preferência e experiências em ROI.
A experiência não é o oposto da performance — ela é, cada vez mais, o caminho para atingi-la. Ao estimular todos os sentidos e provocar sentimentos autênticos, o marketing de experiência tangibiliza conceitos, cria vínculos duradouros e potencializa resultados.
É o momento de proporcionar uma interação viva, que pode resultar em vendas no futuro, mas principalmente gera preferência e fidelidade.
Basicamente, as experiências proporcionam um mergulho e tornam tangível o conceito da identidade da organização, assim é gerada uma ligação autêntica.
O story sharing foi um avanço — mas hoje, não basta mais compartilhar. Precisamos fazer acontecer. Entramos na era do storydoing e do storyliving, em que as pessoas só se conectam com marcas que as colocam no centro da experiência.
Se a vivência não for real, envolvente e cocriada, ela nem sequer merece atenção — e muito menos um post. As experiências precisam ser tão significativas que as pessoas queiram viver, repetir e, só então, compartilhar.
Marcas que não entenderem esse shift deixarão de ser lembradas, porque, no fundo, o consumidor atual só quer uma coisa: fazer parte da história, e não apenas ouvi-la.
O marketing experiencial não apenas atrai a atenção, mas ele também a retém, fazendo com que o participante engaje e participe com todos os sentidos.
E um dos grandes destaques dessa estratégia é que uma boa experiência impulsiona a mensagem para além dos canais tradicionais, prolongando a vida útil de uma campanha. Afinal, dificilmente nos esquecemos de vivências interessantes que presenciamos por causa de determinada marca, não é mesmo?
O marketing de experiência não é mais um “diferencial” — é uma urgência. Em um mundo saturado de mensagens, só sobrevive quem provoca sensações, ativa memórias e convida o público a viver algo transformador. As marcas que entenderem esse movimento não apenas serão lembradas: serão escolhidas.
É nesse cenário que acredito e vivo todos os dias de minha vida. Não criamos experiências só para impressionar — criamos para conectar, engajar e transformar. No fim das contas, uma boa ideia pode nascer de um insight, mas só ganha vida quando é vivida de verdade.
Paulo Farnese é CEO da EAÍ?! Content Experience.
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