A professora britânica Nikita Sterling conviveu por mais de duas décadas com enxaquecas que acreditava serem apenas incômodos ocasionais. Os episódios começaram aos 18 anos e se mantiveram pouco frequentes durante muitos anos. No começo de abril de 2025, aos 39 anos, ela foi diagnosticada com meningioma de grau 1.
A professora relata em suas redes sociais que em outubro de 2024 começou a sentir dores de cabeça intensas e mais recorrentes, acompanhadas por uma pressão constante na cabeça. Em alguns momentos, as crises de dor se repetiam mais de 20 vezes ao dia e duravam até dez minutos.
Preocupada com a piora das dores, Nikita buscou atendimento médico. Mesmo após diversas tentativas com o clínico geral, não obteve respostas precisas. Em uma das crises mais graves, chegou a ser levada ao pronto-socorro pelo marido, Dean, mas não recebeu encaminhamento imediato para investigação.
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Ao decidir pagar aproximadamente R$ 2,5 mil por uma ressonância magnética particular, a vida da mulher mudou: poucas horas depois, ela recebeu uma ligação pedindo que fosse imediatamente ao hospital, pois os exames revelaram uma grande massa em seu lobo frontal esquerdo.
Nikita lembra do choque ao ver a imagem do tumor e ouvir do médico que se tratava de uma lesão cerebral de grandes proporções.
“Fiquei apavorada. Meus piores medos e preocupações se confirmaram. Eu tinha um tumor cerebral e não sabíamos que tipo era. Nunca senti tanto medo”, conta Nikita em um texto publicado na plataforma Given Gain. Ela está fazendo parte de uma campanha para arrecadar fundos para a instituição de caridade britânica Brain Tumour Charity.
No dia 7 de abril, ela se reuniu com um especialista e recebeu a notícia de que o tumor deveria ser removido, pois já representava risco de complicações neurológicas graves.
4 sinais comuns que podem indicar tumor cerebral
- Dores de cabeça frequentes.
- Alterações nos sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição.
- Crises epiléticas ou convulsões.
- Perda de equilíbrio.
A cirurgia foi marcada para o dia 22 de abril — data que coincidia com o aniversário de 40 anos de Dean. Apesar do medo, Nikita sentiu alívio por finalmente receber tratamento. O procedimento foi um sucesso, e apenas dois dias depois ela já estava em casa.
A recuperação, no entanto, não foi simples: ela enfrentou inchaço no rosto, pontos extensos na cabeça e perda temporária de sensibilidade no couro cabeludo. Ainda assim, poucas semanas depois, recebeu a melhor notícia possível: o tumor era benigno e de crescimento lento. Segundo os médicos, ele provavelmente esteve em evolução por mais de 15 anos.
“Meu risco de ter outro tumor é muito baixo. Saber que ficaria bem foi um dos maiores presentes que recebi”, afirma.
Nikita Sterling, 39 anos, foi diagnósticada com meningioma de grau 1. tumor benigno de crescimento lento
Desde então, Nikita vive em recuperação, ainda lidando com episódios de fadiga física e cognitiva, mas com enxaquecas muito menos frequentes e dolorosas. Ela diz que se sente grata por ter conseguido pagar pelo exame que permitiu o diagnóstico precoce, reconhece o privilégio da própria história e lamenta que muitas pessoas não tenham acesso a exames essenciais para identificar doenças graves.
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