Evento do GDF envolve mais de mil estudantes e aborda educação ambiental
Por Carlos Eduardo Bafutto, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 3 de Planaltina recebe a etapa regional do 14º Circuito de Ciências do Distrito Federal, que neste ano propõe a reflexão “Água para quê?”. A iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação (SEEDF), mobiliza estudantes em torno da pesquisa científica como ferramenta de aprendizado e de conscientização.
Cerca de mil estudantes da regional participam do encontro, seja apresentando projetos, seja visitando os estandes. Ao todo, 24 trabalhos foram selecionados em cinco escolas da região: CED Várzeas, CEF Bonsucesso, CED Stella dos Cherubins Guimarães Trois, CED Dona América Guimarães e o anfitrião CEF 3. As propostas vão desde reaproveitamento de água e filtragem até soluções criativas inspiradas em desastres ambientais recentes.

Foram selecionados 24 trabalhos de cinco escolas da região | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília
Projetos de conscientização
Iniciado em agosto por Samambaia, o circuito percorre todas as regionais de ensino até o fim de setembro. Antes de chegar a Planaltina, o evento passou por Brazlândia, Sobradinho, Núcleo Bandeirante, Guará, Ceilândia, Recanto das Emas, Santa Maria, São Sebastião, Paranoá, Taguatinga e Gama.
“O circuito tem crescido a cada edição e superado todas as expectativas. Neste ano, passamos de 1.200 alunos envolvidos diretamente, com projetos cada vez mais consistentes”, destaca o coordenador regional de ensino, Flávio Amaral. Para ele, trabalhar o tema água dentro das escolas é um passo essencial para formar cidadãos conscientes. “Aqui nasce o gosto pela ciência, mas também a noção de cidadania e de responsabilidade com o futuro”, completa.
A avaliação dos projetos é feita por universitários do campus da Universidade de Brasília (UnB) de Planaltina. Os vencedores seguem para a etapa distrital, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro, e podem chegar à mostra nacional.

Sarah Vitória da Silva: “Se a nossa geração não tiver consciência agora, no futuro não teremos água nem qualidade de vida”
A diretora do CEF 3, Rita Cirlene Martins, enxerga a iniciativa como transformadora para a comunidade escolar. “É um orgulho sediar esse circuito. Muitos dos nossos alunos vão guardar para sempre a lembrança dessa experiência, que pode influenciar até na escolha profissional. Daqui saem grandes cidadãos e grandes profissionais”, afirma.
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Os estudantes confirmam a expectativa. Sarah Vitória da Silva, aluna expositora, acredita que o aprendizado vai além da feira: “Nosso projeto mostra como cuidar melhor da água e isso mexe com a gente. Se a nossa geração não tiver consciência agora, no futuro não teremos água nem qualidade de vida”, ressalta.
Segundo o coordenador do circuito em Planaltina, Thiago Félix, os trabalhos apresentados também podem inspirar políticas públicas. “Já identificamos propostas para o enfrentamento de enchentes e para a limpeza do Lago Paranoá, por exemplo. São soluções vindas de quem mais conhece a realidade: os próprios estudantes da rede pública”, afirma.
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