A história dos irmãos Cravinhos foi uma das que teve mais repercussão após a estreia da série Tremembé: A Prisão dos Famosos, no Prime Video. As reações sobre a trama deles na produção, se divergiram entre aplausos para o trabalho bem feito dos atores, Kelner Macêdo e Felipe Simas, mas também com críticas sobre narrar um lado “mais humanizado” dos personagens, especialmente Daniel.
Em entrevista ao Metrópoles, o roteirista Ullisses Campbell frisou que existe um motivo para essa estranheza do público com a trama de Daniel. O arco do personagem não é ficcional: segue exatamente o que está registrado em laudos psicológicos e documentos oficiais.
Ao explicar a abordagem sobre Daniel, condenado junto ao irmão Cristian e Suzane von Richthofen pelo assassinato do casal Manfred e Marísiavon Richthofen , o autor afirmou que Daniel sente muita culpa pelo crime, fato que foi demonstrado em vários laudos médicos.
“O Daniel Cravinhos carrega uma culpa colossal, não só de ter matado o pai da Suzane, mas por ter arrastado o irmão para esse crime. Ele prova isso nos exames criminológicos, com laudo psicológico. Nada ali foi inventado”, explicou.
Segundo Campbell foram esses documentos que embasaram as diferentes atitudes dos irmãos Cravinhos no presídio e que foi demonstrado na série. “Essa diferença entre o perfil dos dois irmãos dentro da penitenciária vem do perfil psicológico de cada um, que consta no processo de execução penal deles”, pontuou.
Sobre as críticas a maneira que Daniel foi retratado na série, Ullisses apontou uma certa incoerência dessas críticas, já que outros personagens — como Roger Abdelmassih, Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá — são retratados como mais antipáticos, como são na vida real. “As pessoas preferem se incomodar mais quando aparece um elemento mais humano no personagem”, argumentou Ullisses.






