
Por Denise Oliveira.
Enquanto a cidade ainda desperta, milhares de mulheres já estão em movimento. Fazem café, arrumam mochilas, cuidam dos filhos e dos pais, limpam, cozinham, trabalham dentro e fora de casa. Um esforço diário, invisível para muitos, mas que sustenta famílias inteiras e move vidas.
Apesar de essencial, esse cuidado quase nunca é remunerado ou reconhecido como trabalho. A sobrecarga recai, em grande parte, sobre mulheres que acumulam funções, muitas vezes sem qualquer apoio do Estado.
“Cuidar também é trabalho”, lembra Renata d’Aguiar, que vem levantando o debate sobre a necessidade de políticas públicas de valorização e suporte a quem assume essa responsabilidade.
A questão que fica é: o que o Estado poderia fazer para apoiar as mulheres que cuidam de todos à sua volta?
A resposta precisa vir da sociedade, em um movimento coletivo que dê visibilidade, voz e força a essas trabalhadoras invisíveis.