Israel rebaixou as relações com o Brasil e retirou, nesta segunda-feira (25/8), o pedido de nomeação do embaixador Gali Dagan para a representação diplomática em Brasília. Ele foi indicado pelo governo israelense para assumir o cargo em janeiro deste ano. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contudo, segurou a nomeação do diplomata.
O Brasil está sem embaixador de Israel, desde o último dia 12 de agosto, quando o diplomata que chefiava a missão, Daniel Zonshine, deixou a embaixada para se aposentar. Sabendo que isso ocorreria, o governo de Benjamin Netanyahu indicou o nome de Dagan, ex-embaixador de Israel na Colômbia, para assumir a chefia da embaixada no Brasil.
Diante da falta de manifestação do Itamaraty em relação à indicação do novo embaixador, o governo israelense anunciou o rebaixamento das relações com o Brasil.
Tensão entre Brasil e Israel
Expulso da Colômbia
Antes de ter o agrément ignorado pelo governo brasileiro, Dagan atuou como embaixador na Colômbia, mas foi expulso do país em 2024, após o presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciar o rompimento de relações com Israel por conta da violência contra palestinos na Faixa de Gaza.
Dagan ingressou na carreira diplomática em 2006 e, desde então, atuou em diversos postos. Entre 2007 e 2012, o diplomata foi vice-chefe da missão diplomática israelense no Peru. Anos depois, foi nomeado conselheiro político junto as representações de Israel na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Segundo informações da chancelaria israelense, o ex-embaixador israelense na Colômbia também trabalhou como diretor de análise político-econômica no Centro de Pesquisa Política do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
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