Renda baixa e inflação são os maiores adversários de Lula em 2026


A conclusão mais relevante que emerge da pesquisa Quaest divulgada hoje não é a estabilidade nas taxas de aprovacão e desaprovação de Lula e do seu governo ou a constatação estatística da incompetência do ministro Paulo Pimenta na comunicação do Planalto (ao mesmo tempo, comunicar o quê?).

O que a pesquisa Quaest traz de mais significativo é que o maior adversário de Lula, em 2026, é a economia. Ou melhor, os salários baixos e a inflação.

O governo trombeteia, com a ajuda da imprensa amiga, que o desemprego é o menor já registrado na série histórica do IBGE, iniciada em 2012. No entanto, a percepção geral é que, mesmo com emprego, é impraticável realizar sonhos materiais quando não se chega nem mesmo ao final do mês com alguma dignidade. E não há luz tênue no fim desse longo túnel.

Os números da pesquisa são acachapantes. Quarenta por cento dos entrevistados acham que a economia brasileira piorou no último ano, contra 27% que acreditam que ela melhorou.

Sobre o seu poder de compra, 68% afirmam que ele é menor do que há um ano. Impressionantes 78% dizem que o preço dos alimentos subiu de um mês para cá, enquanto 59% afirma que os combustíveis ficaram mais caros nesse período. Para 65%, as contas de água e luz também aumentaram.

A frustração com a renda é grande: 61% acham que ganham menos do esperavam. A frustração vai a 64% entre os mais pobres, com renda até 2 salários mínimos.

A maioria (75%) aprova, obviamente, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil reais por mês. Mas 72% estão conscientes de que alta do dólar, resultante do anúncio da media, terá impacto no seu bolso. Para 84%, o dólar alto resultará no aumento do preço dos alimentos e dos combustíveis.

Lula e o PT acham que são vítimas de uma conspiração do mercado financeiro, que manipula a cotação do dólar e que conta com agentes infiltrados no Banco Central para manter a taxa básica de juros alta.

É como se a irresponsabilidade fiscal do governo e a falta de reformas estruturais essenciais para diminuir o buraco das despesas obrigatórias não estivessem na origem de todo o desequilíbrio. É como se a ilusão do crédito abundante, advindo de um taxa de juros artificialmente baixa, pudesse esconder os efeitos deletérios da inflação causada principalmente pelos gastos estratosféricos do governo.

Não adianta terceirizar culpas e recorrer nos próximos dois anos a truques de prestidigitação de um banqueiro central mais dúctil aos caprichos petistas. Não adianta também comemorar um crescimento de mais de 3% ao ano. Isso seria ótimo se o país fosse rico.

A situação brasileira é cronicamente ruim já faz tempo, e os cidadãos só teriam as suas vidas realmente mudadas para melhor se houvesse compromisso com a estabilidade financeira e o Brasil crescesse a uma taxa de dois dígitos nos próximos 5 anos, pelo menos, o que é impossível também por causa do contexto internacional (perdemos todas as janelas de oportunidades nas última três décadas). PIB só faz diferença assim.

Como o PT governou o país durante 15 anos e meio, com mais 2 pela frente, boa parte da responsabilidade pelo fracasso é do partido e do seu chefão. Em 2026, talvez os eleitores finalmente os façam pagar pelo muito que devem.



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jornalismodigitaldf.com.br

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