Os medicamentos podem ser comercializados de diversas maneiras. Comprimidos e cápsulas, injeção ou gotas, cada fórmula serve a um propósito e tem a absorção controlada para agir da melhor forma.
Entre as apresentações mais eficientes estão os remédios sublinguais, administrados por baixo da língua. Absorvidos pela mucosa oral, eles se dissolvem rapidamente, liberando o princípio ativo diretamente na corrente sanguínea.
Os medicamentos costumam ser utilizados em situações urgentes, que demandam ação imediata. Eles são geralmente indicados para pacientes com crise de hipertensão, dores intensas, crise de ansiedade ou pânico.
A médica generalista Amanda Ilgenfritz, que atende em Brasília, explica que quando uma pessoa engole um comprimido comum, o medicamento precisa ser digerido no estômago, onde acaba perdendo parte do efeito devido à ação do suco gástrico, é metabolizado no fígado e só depois absorvido pela corrente sanguínea.
O remédio sublingual, por sua vez, entra diretamente no sangue. “Ele é de fácil administração e altamente eficaz porque a mucosa oral é ricamente vascularizada. Assim, são rapidamente absorvidos”, conta Amanda.
“Na farmacologia, a absorção do medicamento está diretamente ligada à vascularização do local”, observa o farmacêutico Édson Figueiredo, de Brasília.
Sublinguais são mais eficazes que via oral?
Apesar de ser mais rápido, o medicamento sublingual nem sempre é o melhor. “Não é uma questão de qual é o mais eficaz, mas sim de qual é mais indicado para cada situação”, afirma o farmacêutico Antônio Barbosa da Silva, de Brasília.
Ele ensina que a apresentação sublingual evita o sistema digestivo e o metabolismo no fígado — por isso, age mais rápido. Porém, em tratamentos prolongados, ou pacientes com condições que requerem liberação controlada, a via oral tradicional por ser mais adequada.
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