Por: Poliane Ketlen
Um professor da rede pública municipal de Picos, no Piauí, foi afastado de suas funções após a publicação de um vídeo polêmico em suas redes sociais. Deivison Moura Chagas gerou controvérsia ao debochar do atentado sofrido pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último sábado (13).
No vídeo, Deivison aparece sorrindo e afirma que “a galera, pior de mira, é a galera da esquerda”. Ele faz uma comparação entre a tentativa de assassinato de Trump e a facada sofrida por Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. “Rapaz, a galera pior de mira que eu já vi na vida foi a galera da esquerda. Porque, vai dar uma facada num cara, acerta num lugar onde nem sangue tem. Aí vai dar tiro num cara, numa cabeça daquele tamanho, e não acerta a cabeça”, diz o professor no vídeo.
Além disso, Deivison comentou que “quem tava depois do cara não foi atingido, ninguém viu bala, mas a minha gente no Brasil ainda tentaram fazer funcionar em 2018. Até meio que funcionou, né? Porque o inelegível foi eleito. Mas agora, ah, meu Deus do céu, essa galera da esquerda tem que treinar a mira”, finalizou.
Devido à repercussão negativa do vídeo, a prefeitura de Picos emitiu um comunicado oficial, informando que abriu “um processo administrativo para apurar os fatos” e decretou o afastamento cautelar imediato do professor Deivison Moura Chagas.
A administração municipal destacou que a atitude do professor não condiz com os valores e princípios da rede de ensino público de Picos. A prefeitura reafirmou seu compromisso com a ética e o respeito, ressaltando que tomará as medidas necessárias para garantir que comportamentos inadequados sejam devidamente investigados e punidos.
O caso levantou debates acalorados nas redes sociais, dividindo opiniões sobre a liberdade de expressão e os limites do discurso público, especialmente quando proferido por educadores.
Enquanto alguns defendem que o afastamento foi uma medida necessária para manter a integridade e a responsabilidade na educação, outros argumentam que a ação foi uma censura à opinião pessoal do professor. De qualquer forma, o incidente reforça a importância de uma conduta respeitosa e ética, principalmente para aqueles que ocupam posições de influência sobre jovens e crianças.