Polícia holandesa apresenta conclusão bizarra sobre morte de brasileira


Apesar de ter despencado do 4º andar de um prédio na província de Breda, na Holanda, a brasiliense Taiany Caroline Martins Matos, 32 anos, teria morrido vítima de um “ataque cardíaco”, segundo a certidão de registro de óbito emitida pela polícia holandesa e reproduzida em um documento datado e assinado pelo consulado-geral do Brasil em Amsterdã. A conclusão do caso em tempo recorde revoltou familiares e amigos da vítima.

A morte foi atestada e determinada por um profissional do serviço de perícia identificado como Ami Asmiyati. O atestado de óbito foi lavrado em 14 de janeiro deste ano. O documento timbrado do consulado brasileiro ainda aponta que as “informações não inscritas no termo de registro de óbito não foram fornecidas pelo declarante ou não puderam ser comprovadas em tempo hábil.

A coluna Na Mira teve acesso ao documento, que levanta ainda mais dúvidas sobre o tratamento dado pelas autoridades holandesas em relação à morte da brasileira.  A polícia local levou apenas 24 horas para instaurar e concluir o inquérito afirmando que o caso teria sido uma “queda acidental”.

Veja o documento:

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Mistério

Nascida e criada em Planaltina, no Distrito Federal, Caroline vivia um relacionamento conturbado com um holandês de 53 anos. Antes da queda, ocorrida em 3 de janeiro deste ano, testemunhas que estavam em um café próximo ao edifício ouviram gritos de socorro. Apenas o namorado da vítima estava no imóvel.

A coluna teve acesso exclusivo às mensagens digitadas por Caroline no momento em havia se trancado no banheiro do apartamento que dividia com o companheiro.  No diálogo, Caroline se mostra revoltada a pressão do holandês que a cobrava pelo fato de ter ido a uma festa. O homem estaria agressivo e fazendo ingestão de bebida alcóolica.

A pedagoga morreu na calçada próxima ao prédio antes da chegada das unidades de socorro. A tragédia  ainda está envolta em mistério. Antes da queda, testemunhas que estavam em um café próximo ao edifício ouviram gritos de socorro. Apenas o namorado da vítima estava no imóvel.

Veja mensagens:

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“Pronta pro combate”

Nas conversas, Caroline desabafa com a amiga e reforça, a todo instante, que o holandês identificado como Edgard Van de Boom, 53 anos, exigia que ela entregasse o celular e a senha do aparelho. A brasileira contou à amiga que seria impossível dar o telefone para que o holandês tivesse acesso às conversas.

Em determinado momento, Caroline disse que “estava pronta para o combate”. Na noite anterior à morte, a brasiliense estava em uma festa com duas amigas também brasileiras. Apontado como ciumento e possessivo pelos familiares de Caroline, Edgard teria passado a noite e madrugada ligando para a namorada. Com medo, Caroline esperou amanhecer para voltar para casa.

Em outras conversas com amigas, Caroline revelou que pretendia colocar um ponto final no relacionamento e deixar a Holanda. A brasileira relatou que “não aguentava mais ser humilhada e que mulher nenhuma merecia passar por esse tipo de situação”.

Veja imagens da brasiliense:

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Briga pelo celular

Segundo o irmão de Caroline, Rayan Martins de Oliveira, o casal teria protagonizado uma briga por causa do celular da vítima. O holandês queria ter acesso às mensagens da namorada, que negou o aparelho ao homem e se trancou no quarto. Enquanto Edgard forçava a porta, a brasileira teria colocado parte do corpo para fora da janela e se pendurado, na tentativa de escapar do companheiro, de acordo com Rayan. Em seguida, Caroline teria caído do 4º andar.

“A história toda está nebulosa. Não há hipótese de ter ocorrido suicídio. As informações que temos é que ela estava tentando fugir de alguma situação. Ela estava com medo de voltar para casa justamente pelo fato de ele ser extremamente possessivo e ciumento”, explicou.

De acordo com a família da brasileira, a polícia holandesa informou a conclusão do inquérito em tempo recorde. “Só nos procuraram para explicar que a investigação havia terminado no dia seguinte e que não havia ocorrido crime, apenas um acidente fatal”, contou a irmã de Caroline, Nayani Martins.

Último Natal

Caroline deixou a Europa pouco antes do Natal do ano passado para passar as festas de final de ano com a família, em Planaltina. “Ela sempre foi muito carinhosa e amorosa e ficamos grudadas o tempo todo. No entanto, ela decidiu voltar para passar a virada do ano em Paris, com o namorado. Uma semana depois, ela estava morta”, contou a irmã.

Caroline gostava de viajar pelo mundo e, apesar de ser pedagoga, mudava de área de atuação, dependendo do país em que estava. Na Bélgica, ela estava trabalhando como atendente em um pub e em um pizzaria.

A brasileira havia deixado a casa onde vivia em Namur, na Bélgica, para morar em um apartamento, na Holanda. A jovem havia sido pedida em casamento pelo holandês e planejava morar com ele, em Breda.



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