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PM suspeito de matar delator do PCC tinha saldo “assustador” em cripto


São Paulo — A equipe de investigação que apura a morte do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) assassinado no Aeroporto de Guarulhos, encontrou na conta de um dos policiais militares apontados como executores do homicídio um valor “assustador” em criptomoedas. Uma das suspeitas é que a quantia, não especificada, seja parte do pagamento pelo crime, ocorrido em novembro do ano passado.

Em seu depoimento ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o PM em questão, cabo Denis Martins, disse que não estava no local quando Gritzbach foi atingido por 10 tiros de fuzil.

A polícia, no entanto, diz ter certeza que ele é um dos homens que aparecem nas imagens das câmeras de segurança, com base no biotipo, tatuagens e sinal telefônico. A expectativa é que a colheita de material genético e comparação com digitais encontradas em um carro usado na fuga possa comprovar a suspeita.

Além de Denis Martins, foram presos o cabo Ruan da Silva Rodrigues, apontado como o outro atirador, e o tenente Fernando Genauro, que dirigia o carro usado na fuga. Os três estão presos no Presídio Militar Romão Gomes.

Ao menos 14 PMs que atuavam informalmente como seguranças privados de Gritzbach também foram detidos pela atividade irregular. A prisão não tem relação com o homicídio em si, mas a equipe de investigação suspeita que eles estejam envolvidos.

Momentos antes do crime, o tenente Fernando Genauro teria telefonado para um dos seguranças de Gritzbach perguntando se o grupo, que retornava de uma viagem a Maceió (AL), já havia pousado. Após a prisão de Genauro, o segurança foi até o DHPP para prestar depoimento.

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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

Reprodução

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Reprodução

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Reprodução

 

Entenda o caso

  • Os delegados das polícias Civil e Federal que apuram o caso, assim como a equipe de investigação da Corregedoria da Polícia Militar, acreditam que o crime tenha sido encomendado pela cúpula do PCC.
  • O corretor Vinícius Gritzbach se tornou um dos principais inimigos da facção após ser apontado como o mandante do homicídio de Anselmo Santa Fausta, em dezembro de 2021. Cara Preta, como era conhecido, era um traficante ligado à lavagem de dinheiro do PCC junto à empresa de ônibus UpBus e teria confiado a Gritzbach um investimento milionário em criptomoedas.
  • Para a facção, Cara Preta foi enganado pelo corretor e, após cobrar a devolução do dinheiro, foi assassinado.
  • Na sequência, Gritzbach foi sequestrado por integrantes do PCC e submetido a um tribunal do crime. Ele sobreviveu prometendo entregar escrituras de imóveis e senhas digitais que dariam acesso aos investimentos em criptomoedas. Ao não cumprir a promessa, teria sido jurado de morte pela facção.
  • A suspeita das equipes de investigação é que os mandantes do crime tenham envolvimento com o tribunal do crime que julgou Gritzbach. Entre os nomes, estão Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, e Emílio Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreiro.



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