São Paulo — Atualmente, o ônibus é a pior opção para se deslocar até o trabalho em São Paulo. Atualizados periodicamente, os dados são do Indicador de Mobilidade Urbana, do Instituto Cidades Responsivas.
A pesquisa também demonstra que os automóveis permitem aos paulistanos acesso a quatro vezes mais postos de emprego em comparação ao transporte público. Em relação ao metrô, a eficiência média do veículo individual alcança duas vezes mais locais de serviço.
Fábio Vieira/Metrópoles
Instituto Cidades Responsivas/Reprodução
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Ônibus e metrô x carro
O índice representa a quantidade de unidades de empregos alcançadas em até 45 minutos dividida pelo número de domicílios atingidos no mesmo tempo. “Cidades com maiores valores são aquelas nas quais o sistema de mobilidade conecta cada residência a mais oportunidades de trabalho em relação à dimensão da demanda local por empregos”, explica o instituto.
Em uma escala na qual o número 1 representa a idealidade, o indicador do transporte público — englobando metrô e ônibus — é de apenas 0,23. Por outro lado, o automóvel emplaca 1,03. No entanto, em áreas em que o ônibus (0,14) é a única opção de locomoção pública, o carro atinge sete vezes mais lugares de serviço no mesmo período. O metrô fica duas vezes com valor menor em detrimento da locomoção sob trilhos.
Mobilidade urbana
Além de São Paulo, as capitais avaliadas no Indicador de Mobilidade Urbana são Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Belo Horizonte (Minas Gerais), Curitiba (Paraná), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Fortaleza (Ceará), Florianópolis (Santa Catarina) e Salvador (Bahia). Nos próximos meses, a organização adicionará os resultados para as demais capitais brasileiras.
“Embora os deslocamentos da casa para o trabalho sejam apenas uma fração das viagens urbanas, eles são aqueles que mais exigem do sistema de transporte urbano e que mais tendem a gerar congestionamento e poluição, uma vez que os horários de pico do uso da infraestrutura de transporte de uma localidade tendem a ocorrer justamente no início ou fim do horário comercial”, detalha o estudo.