Mesmo sem se colocar claramente como candidato à reeleição, o presidente Lula mandou um recado a ministros de partidos do Centrão sobre a próxima disputa ao Palácio do Planalto, em 2026.
Em discurso na abertura da reunião ministerial nesta segunda-feira (20/1), na Granja do Torto, em Brasília, o petista cobrou ministros do bloco sobre o apoio de seus partidos em 2026.
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Em sua fala, o presidente da República afirmou que seus ministros têm o dever de ajudar a manter seus respectivos partidos na base aliada do governo no Congresso Nacional.
“Quero conversar com vocês sobre os partidos que estão aliados conosco. Temos vários partidos políticos. Quero que esses partidos continuem juntos. Mas nós estamos chegando no processo eleitoral. A gente não sabe se os partidos que vocês representam querem trabalhar conosco ou não. E essa é uma tarefa também de vocês nesse ano de 2025. E é uma tarefa grande, não é uma tarefa pequena”, disse o presidente Lula durante a abertura da reunião.
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Como a coluna tem noticiados, partidos como o PSD e o União Brasil, que possuem ministérios no governo, já ameaçaram deixar a base aliada de Lula na próxima eleição presidencial.
O PSD, por exemplo, tem reclamado da falta de espaço no governo Lula. A sigla comandada por Gilberto Kassab, que possui três ministérios atualmente, quer chefiar pastas mais robustas.
Teste de fogo
Como noticiou a coluna, a reunião ministerial desta segunda-feira, a primeira realizada por Lula em 2025, será um “teste de fogo” para alguns ministros do governo que balançam no cargo.
Na avaliação de auxiliares, o presidenteoptou por fazer a reunião antes da possível reforma ministerial para avaliar o que os ministros apresentarão e só então tomar a decisão sobre as trocas.
“A reunião deve virar uma prova de fogo para muitos. O presidente vai avaliar a densidade e a forma do que será apresentado”, afirmou à coluna, sob reserva, um auxiliar de Lula.