O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender, nesta terça-feira (18/2), o retorno das obras na usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, apenas se a Eletronuclear seja “remodelada completamente”.
“Defendo a continuidade da obra de Angra 3 (…), com uma ressalva de que a Eletronuclear seja remodelada completamente para que ela seja uma empresa com musculatura suficiente a dar transparência e eficiência à gestão da obra”, defendeu o ministro após reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
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Para Silveira, a Eletronuclear não é uma empresa que “dá segurança para executar uma obra desse porte”. Segundo ele, o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) trabalham para modenizá-la.
Obras em Angra 3
Iniciada em 1981, a construção de Angra 3 não avançou muito desde lá e precisou ser paralisada várias vezes devido aos custos com as obras. Até o momento, apenas 65% do trabalho foi concluído.
Como o Conselho não chegou a uma decisão, o veredito sobre a continuidade das obras na usina nuclear de Angra 3 deve ser tomado na próxima reunião do CNPE, ainda sem data marcada.
De acordo com o MME, a conclusão da usina requer quase R$ 20 bilhões.
Silveira destacou o grande custo para armazenar os equipamentos de construção da usina nuclear. De acordo com o ministro, esse processo custa R$ 200 milhões por ano aos consumidores brasileiros.