MBL na Câmara tem gabinete com imersão em Brasília e projeta partido


São Paulo – Com a eleição de Amanda Vettorazzo (União Brasil) para a Câmara Municipal de São Paulo, o Movimento Brasil Livre (MBL) volta a ter representantes nas três esferas do Legislativo. Além de Amanda, o grupo conta com Kim Kataguiri (União) na Câmara dos Deputados e Guto Zacarias (União) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

“Apadrinhada” pelo cacique do União em São Paulo, Milton Leite, Amanda herdou um dos gabinetes mais disputados da Câmara e iniciou o mandato colhendo assinaturas para uma CPI contra “invasões de propriedade”.

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Vereadora de SP Amanda Vettorazzo (União Brasil), integrante do MBL

Reprodução/Redes Sociais

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Vereadora de SP Amanda Vettorazzo (União Brasil), integrante do MBL

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Com o início da legislatura em fevereiro, ela também pretende emplacar projetos de lei que versam sobre intercâmbio de alunos da rede pública, liberação de feiras de adoção de animais em espaços públicos e instalação de telões de publicidade no centro da cidade.

“A Câmara é pujante, tem projetos semanais de interesse da cidade, então a gente sempre conseguiu ativar a militância, fazer com que as pessoas entendessem a importância do Legislativo. Ficamos quase três anos sem ter um representante aqui, então voltar para a Câmara é muito importante para o MBL”, afirmou a vereadora ao Metrópoles.

Para entender a “dinâmica de um gabinete”, Amanda enviou parte de sua nova equipe para fazer “estágios” nos gabinetes dos colegas de MBL.

Para o gabinete de Kataguiri foram enviadas quatro pessoas, três da área de comunicação e mídias sociais e uma do jurídico. Já no gabinete de Zacarias na Alesp fizeram a imersão outros quatro membros da equipe da vereadora — dois da área do jurídico, um de imprensa e atendimento e outro de redes sociais.

Duas pessoas da equipe de Amanda também passaram pelo gabinete do vereador de Sorocaba Ítalo Moreira, “para aprender sobre atendimento ao munícipe”.

Racha com bolsonarismo e criação de partido

  • Forjado nos movimentos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), o MBL foi moldando as suas posições, sempre no espectro da direita: de orientação liberal no início, flertou com a pauta de costumes, se aproximou de Bolsonaro nas eleições de 2018 e rompeu com ex-presidente ainda no primeiro ano de mandato;
  • Nesse meio-tempo, viu um dos seus principais quadros, Arthur do Val, ser cassado e ficar inelegível, adotou Sergio Moro como candidato à presidência em 2022, o que não prosperou, e assistiu à candidatura de Kim Kataguiri para a capital sucumbir à aliança do União com Ricardo Nunes (MDB);
  • Atualmente, o MBL se define como uma direita liberal não bolsonarista;
  • Em 2025, o grande objetivo do grupo é tirar do papel o seu partido, batizado de Missão;
  •  Segundo o movimento, de novembro de 2023 para cá, cerca de 800 mil assinaturas foram colhidas, sendo que 260 mil foram validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A lei eleitoral exige para a fundação de um partido a validação de cerca de 540 mil assinaturas em pelo menos nove estados diferentes. O número representa 0,5% dos votos válidos computados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Apesar do otimismo, a criação da nova legenda ainda é vista com ceticismo por parte da classe política.

Ex-integrantes do grupo

Na Câmara, Amanda vai compartilhar o plenário com dois ex-MBL: o colega de partido Rubinho Nunes e o também estreante Lucas Pavanato (PL), pupilo do ex-vereador Fernando Holiday.

Em 2016, Holiday foi o primeiro vereador do movimento eleito na capital. Ele acabou rompendo com o grupo em 2021, alegando que o MBL não levantava bandeiras como a causa LGBT e o combate ao aborto.

“Não tenho relação com o MBL há mais de 2 anos. Porém, sempre tive um ótimo contato com a Amanda, [que] é uma pessoa dedicada e comprometida. Como ‘veterano’ no partido [União], busco contribuir com todos os novos vereadores para que possam ter o melhor mandato possível”, afirmou Rubinho Nunes.

Publicamente, o MBL comemora o resultado que obteve no pleito de 2024, especialmente as eleições de vereadores em Salvador e em Natal. Ao todo, o grupo elegeu 13 vereadores no país e uma vice-prefeita, em Meridiano, no interior paulista.

“Elegemos dois no Nordeste, o que é uma grande alegria. Foi uma grata surpresa, mostra a expansão dos membros do MBL”, celebra Amanda Vettorazzo.

Críticas de Pavanato

O “ex” Lucas Pavanato, por outro lado, que saiu do grupo seguindo Holiday e por se alinhar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, avalia que o MBL vem perdendo força e faz críticas à antiga casa.

“Houve um declínio do movimento, o que mostra muito da insatisfação do eleitor com os posicionamentos belicosos deles [MBL] com o resto da direita. Como as ofensas públicas gratuitas chamando de gado todo mundo que não concorda com eles e até mesmo uma posição radical contra o Bolsonaro. Eu acho que isso enfraqueceu [o movimento]”, disse o vereador ao Metrópoles.

Ex-membros do MBL avaliam que a maneira “centralizadora” do grupo ao tomar decisões e definir posicionamentos acaba afastando militantes. Já Amanda Vettorazzo argumenta que isso torna o movimento “leal aos seus princípios e não a pessoas”.

“Claro que a gente perdeu quando deixou de apoiar o Bolsonaro por conta da má gestão. A gente apanhou. Mas quem ficou entendeu que a gente é um grupo leal aos nossos princípios e valores. Se a pessoa não está representando os nossos ideais, não é porque dá like, engajamento e voto, que vamos ficar com essa pessoa. Isso dá até uma filtrada natural das pessoas que estão [no movimento] por interesse”, explica.

Marçal nas eleições

Amanda afirma, ainda, que o mesmo ocorreu quando o MBL decidiu não apoiar Pablo Marçal nas últimas eleições municipais, o que, segundo ela, fez o movimento perder votos. “Você ia entregar o santinho e era ‘faz o M’, ‘faz o M’. A gente nunca acreditou no Marçal, nunca acreditou nas propostas e na pessoa dele”, diz.

A vereadora foi eleita com 40 mil votos. Seu companheiro de MBL, Renato Batista, coordenador nacional do movimento, teve somente 18 mil votos e não foi eleito. Em 2020, somando os votos de Rubinho e Holiday, foram cerca de 100 mil votos. Ambos foram eleitos.

Apesar das críticas, Amanda e Pavanato afirmam que têm boa relação e que pretendem atuar como aliados na Casa. Ambos possuem como plataforma o antiesquerdismo. Por coincidência, colheram assinaturas para uma CPI de mesmo tema: o que classificam como “invasões” de propriedade na cidade, em alusão a movimentos de moradia ligados à esquerda.

“Ela assinou a minha e eu assinei a dela. Houve essa cortesia. Vamos tentar trabalhar em conjunto no que for bom para a cidade”, diz Pavanato.



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