Marinho sobre juros: Galípolo e diretoria devem evitar série de altas


O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (30/1) que o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) devem entrar “na rotina de aumento de juros”. Para o ministro, uma eventual continuidade de uma política monetária contracionista “vai sangrar e sacrificar o Orçamento público”.

Nessa quarta-feira (29/1), o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros do país (a Selic) de 12,25% ao ano para 13,25% ao ano — um aumento de 1 ponto percentual, que tinha sido contratado no ano passado.

Com a decisão, a Selic volta ao mesmo patamar de agosto de 2023. A única diferença é que, à época, o Copom seguia fazendo cortes nos juros do país. A nova taxa de juros, de 13,25% ao ano, ficará vigente pelos próximos 45 dias.


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação, que ficou acima do teto da meta em 2024.
  • Em 2024, a taxa básica de juros do país fechou em 12,25% ao ano – voltando ao mesmo percentual de novembro de 2023.
  • A expectativa é de novas altas nos juros ainda nos primeiros meses deste ano. Isso porque, na última ata do Copom, o BC adiantou que deveria fazer mais duas elevações, de pelo menos 1 ponto percentual, na taxa Selic no começo de 2025.
  • O mercado financeiro estima que a Selic ficará em 15% ao ano até o fim de 2025, segundo o relatório Focus.
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula, que termina em 2026, e do mandato de Galípolo à frente do BC.

Marinho, conhecido por ser um dos críticos da atual taxa Selic e das decisões da antiga gestão da autoridade monetária, chegou a dizer que “nunca falou mal” do Banco Central e seus integrantes: “Nunca falei mal. Falo o que a avaliação do momento. Portanto, continuarei falando [sobre] a avaliação do papel de juros, a influência que tem na economia”.

Na avaliação do ministro, a diretoria do BC não tinha como sair da decisão de elevar a Selic. Ele destacou que o país não pode “entrar nessa esfera de continuidade [de alta de juros]”.

O titular da pasta do Trabalho e Emprego ainda citou, indiretamente, a fala do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que considerou a decisão uma “armadilha” da gestão de Roberto Campos Neto na presidência do BC.

“É inaceitável a armadilha criada por Roberto Campos Neto, que na última reunião do Copom, enquanto presidente do BC, tenha deixado contratados dois aumentos de 1 ponto percentual na taxa Selic. Gabriel Galípolo não tinha muita alternativa de mudar essa rota, neste primeiro momento, sem criar uma grande crise”, escreveu Lindbergh no X.

De acordo com Marinho, agora o presidente Gabriel Galípolo e a equipe terão que assumir “responsabilidade e trabalhar para não entrar na mesma rotina de aumento de juros que vai sangrar e sacrificar o orçamento público“.

Questionado sobre a nova alta contratada pelo Copom — reforçada no comunicado dessa quarta —, o ministro considerou a medida “um absurdo”. “É preciso que a direção do BC avalie e reavalie isso que já foi contratado”, reforçou.



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