Duas das situações envolvendo as notas concedidas (ou não) durante o Carnaval 2025 foram de uma mesma pessoa. A jurada Ana Paula Alves Fernandes deixou em branco as notas de três escolas, que se apresentaram no último dia de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro e também penalizou a Unidos de Padre Miguel pelo uso do idioma africano iorubá na composição do samba-enredo.
Professora do curso de pós-Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Ana Paula foi jurada pela primeira vez durante o Carnaval 2025. Ela foi escolhida pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) após análise do currículo dela.





Viradouro – Carnaval 2025
Wagner Meier/Getty Images
Erika Januza pela Viradouro
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Mocidade Independente de Padre Miguel no Carnaval carioca de 2025
Integrantes da Acadêmicos do Grande Rio se apresentam durante os desfiles do Carnaval de 2025
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Integrantes da Acadêmicos do Grande Rio se apresentam durante os desfiles do Carnaval de 2025
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No caso da nota à Unidos de Padre Miguel, a jurada justificou que retirou 0,1 ponto da escola de samba pelo uso do idioma africano. “Há trechos de difícil entendimento devido ao excesso de termos em iorubá (muitas estrofes)”, disse ela. Vale lembrar que a Unidos de Padre Miguel foi rebaixada no Carnaval do Rio de Janeiro.
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Sobre as notas deixadas em branco, Ana Paula explicou ao coordenador da Liesa que esqueceu de escrever a pontuação e acabou deixando o espaço vazio.
Entretanto, ela declarou que justificou a nota que daria, já que é utilizada uma ficha separada para tal. As escolas “esquecidas” por Ana Paula foram Tuiuti, Portela e Mocidade. Somente a Grande Rio, terceira a passar pela avenida na data, recebeu pontuação, um 10.