José Dirceu ministrará aula inaugural de curso sobre extrema direita promovido pela Fundação Perseu Abramo
O petista José Dirceu em recente evento na Itália patrocinado pela empresa J&F, dos irmãos Batista e com a presença de vários ministros, inclusive do STF: aliado de Lula garantiu que esquerda venceria em São Paulo | Foto: Divulgação/Esfera
O ex-ministro da Casa Civil e um dos nomes mais influentes da história do Partido dos Trabalhadores (PT), José Dirceu, será o responsável por ministrar a aula inaugural do curso “A extrema direita hoje: ódio e guerra pelo poder”, promovido pela Fundação Perseu Abramo, instituição ligada ao PT.
Com o tema “A luta política pelo futuro”, a palestra ocorrerá nesta quinta-feira, 9, e será transmitida pelo canal da fundação no YouTube.
Curso Sobre “Neofascismo” e Lideranças de Direita
O curso contará com 15 aulas online e abordará temas como “neofascismo”, “ofensiva antigênero” e as estratégias de líderes de direita nos Estados Unidos, Argentina e Europa. A coordenação está a cargo de Juliana Foernges, além dos professores Jorge Branco (UFRGS) e Lincoln Secco (USP).
Essa iniciativa busca discutir a atuação da extrema direita no cenário global e é mais um passo de José Dirceu em direção ao retorno à vida pública, após a anulação de várias condenações judiciais.
O Retorno de Dirceu à Política
José Dirceu já sinalizou que pretende disputar uma vaga como deputado federal nas eleições de 2026, buscando retomar o mandato cassado em 2005, durante o escândalo do Mensalão.
Em entrevista ao portal O Povo, no último dia 2, Dirceu afirmou:
“Mereço pedir ao povo de São Paulo para me devolver o mandato que me tiraram.”
Embora tenha dito que a decisão será tomada no final de 2025, Dirceu deixou claro que é “provável” que seja candidato por São Paulo.
Sucessão na Presidência do PT
Além de sua possível candidatura, Dirceu também está focado na sucessão do comando do PT. Entre os nomes que ele apoia para a presidência do partido está José Guimarães, deputado federal pelo Ceará.
Guimarães, contudo, tem um passado controverso: em 2005, durante o escândalo do Mensalão, um assessor ligado a ele foi detido no Aeroporto de Congonhas com US$ 100 mil presos ao corpo, dentro da cueca, episódio amplamente repercutido à época.
