O atentado contra o Assentamento Olga Benário, em Tremembé (SP), no último dia 10, com o assassinato de duas lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, é uma demonstração da disputa por terras já demarcadas pelo governo federal. O governo federal envolveu vários ministérios para auxiliar na apuração e no apoio e proteção às vítimas e testemunhas do crime.
O secretário Nacional de Participação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Renato Simões, disse que a Secretaria-Geral está atuando no amparo aos movimentos sociais envolvidos e acompanhando todos os detalhes do atentado. “A participação da Secretaria-Geral é muito importante para simbolizar o compromisso do presidente Lula e do centro do governo, com o impulsionamento dos programas e a defesa dos territórios e das lideranças que são vítimas, em várias situações de disputa por terras já demarcadas. Essas terras são objeto de cobiça de vários setores do capital e do crime organizado. O compromisso do ministro Márcio Macedo e da Secretaria-Geral é fortalecer esses programas e compromissos do governo federal, além de dar continuidade e aprofundamento nas metas de acesso à terra desses movimentos que se organizaram ao longo de décadas para ter o seu direito à posse da terra regularizada,” afirmou.
A Secretaria-Geral da Presidência da República, o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania e o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar acompanham as iniciativas do governo federal em apoio às vítimas do atentado contra lideranças do MST. O trabalho conjunto expressa a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que condenou o atentado e telefonou para a direção nacional do MST manifestando solidariedade. Ele ofereceu apoio do governo federal para proteção das vítimas e testemunhas do crime por meio do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
A Polícia Federal colabora com as investigações sobre os homicídios e agressão às demais vítimas feridas. O Ministério da Justiça atua em colaboração na apuração dos dois homicídios e tentativas de homicídio realizada pela Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Segundo Simões, a ação se justifica para verificar eventual ligação dessa iniciativa com uma ofensiva do crime organizado, em várias regiões do país, para ocupar áreas já definidas pelo governo para reforma agrária e para proteção ambiental.
O secretário e a secretária-executiva Kelli Mafort representaram o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, em dois atos de despedida das duas lideranças assassinadas na semana passada. O ministro determinou todo o apoio aos movimentos sociais, particularmente ao MST, que dirige aquele assentamento, para acompanhar diligências e providências dos demais órgãos do governo federal, ressaltando a importância da relação com os movimentos sociais que faz parte das atribuições da Secretaria-Geral.
Simões também compareceu ao ato de solidariedade ao MST e ao assentamento, que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira.