França: Le Pen diz ser inocente e que condenação por fraude é política


A líder de extrema direita Marine Le Pen, condenada nesta segunda-feira (31/3) a quatro anos de prisão e cinco anos de inelegibilidade, contestou a decisão da Justiça da França.

Durante uma entrevista em um dos principais telejornais do país, ela afirmou que a decisão dos magistrados teve motivações políticas e que pretende recorrer. Se for mantida, a sentença pronunciada tira Marine Le Pen da próxima corrida presidencial, em 2027.

“Esta decisão violou completamente o Estado de direito”, declarou a deputada de 56 anos durante uma entrevista ao canal de televisão privado TF1. Ela disse claramente que a sentença tem a intenção de “impedi-la” de concorrer e “ser eleita na eleição presidencial de 2027”.

“Não teve enriquecimento pessoal e não houve corrupção”, martelou a líder da extrema direita, em referência ao que ficou conhecido como o caso dos falsos assistentes parlamentares.

Segundo a investigação, o partido de Le Pen iniciou de “forma coordenada e deliberada” um “sistema de desvio” dos € 21 mil (R$ 130 mil na cotação atual) que cada eurodeputado recebe por mês para pagar seus assistentes no Parlamento Europeu.

O tribunal considerou que estas pessoas trabalharam na realidade para o partido Frente Nacional (FN), rebatizado como Reunião Nacional em 2018, e que alguns nunca foram à sede do Parlamento.

“Os juízes se enganaram”, lançou Marine Le Pen, que alega estar sendo perseguida pela Justiça. Ao ponto de acusar os magistrados “do país dos direitos humanos” de utilizarem “práticas que pensávamos ser exclusivas de regimes autoritários”.

Pequeno caminho

“Não vou me deixar eliminar dessa forma. Vou buscar todas as vias de recurso que puder. Há um pequeno caminho. Pode ser estreito, mas existe”, prometeu ela. “Vou recorrer, pois sou inocente”, insistiu.

Questionada se, em caso de um recurso em trâmite, tentaria se candidatar à Presidência em 2027 se for autorizada, Marine Le Pen deu inicialmente a impressão de que não considerava essa hipótese plausível, em razão do tempo necessário para que uma nova fase do processo fosse realizada.

Mas quando o jornalista perguntou se Jordan Bardella, o presidente de seu partido, seria um nome para substituí-la na próxima corrida presidencial, ela se mostrou combativa. “[Bardella] é um elemento formidável. Mas espero que não precisemos recorrer a esse recurso. Vou lutar”, disse Le Pen.

“Há milhões de franceses que acreditam em mim, milhões de franceses que confiam em mim (…), tenho lutado contra a injustiça por 30 anos e vou continuar fazendo isso até o fim”, disse ela.

E no final da entrevista, ao ser questionada se pretende abandonar a política após esse processo, a líder da extrema direita foi categórica: “Estou escandalizada e indignada”, disse, mas “de forma alguma vou deixar a política”, finalizou.



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jornalismodigitaldf.com.br

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