Focus: mercado sobe projeção de inflação de 2025 e dos próximos 3 anos


O mercado financeiro subiu as projeções de inflação deste ano pela 18ª semana seguida. Além disso, os analistas financeiros consultados pelo Banco Central (BC), alteraram para cima as estimativas de inflação para 2026, 2027 e 2028.

Os dados fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (17/2) pelo Banco Central. As projeções são frutos da análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.


O que é o relatório Focus

  • O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
  • O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
  • O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
  • As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne os dados.

Inflação

Para o mercado, a estimativa deste ano passou de 5,58%, na semana passada, para 5,60% nesta semana.

A partir deste ano, a meta de inflação do Brasil é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

O próprio BC informou que a meta tem 50% de chance de ser descumprida em 2025. Em relatório publicado em dezembro, a autoridade monetária avaliou que a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta neste ano cresceu de 28% para 50%.

Caso a meta seja descumprida, o Banco Central precisa divulgar uma carta aberta ao ministro da Fazenda — neste caso, o ministro Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. Isso porque a autoridade monetária tem o papel de controlar o avanço dos preços, por meio da taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias.

No acumulado dos últimos 12 meses (de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, está em 4,56%.

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Integrantes do Copom e o presidente do BC, Gabriel Galípolo

Raphael Ribeiro/ Banco Central

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Fachada do Banco Central

Breno Esaki/Metrópoles

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Galípolo tem a confiança do presidente Lula

Raphael Ribeiro/BCB

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Galípolo: “Todas as vezes que o presidente (Lula) me encontrou ou me ligou foi para dizer: ‘Comigo você terá toda a tranquilidade'”

Igo Estrela/Metrópoles

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8 de outubro – O Senado Federal do Brasil realiza a sabatina de Gabriel Galípolo para nomeação como presidente do Banco Central do Brasil, a partir de 2025, sob a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Reprodução/Instagram

Os economistas também elevaram as projeções de inflação para 2026 (pela oitava semana consecutiva), 2027 (pela primeira semana) e 2028 (pela sexta semana seguida).

Confira como ficaram as expectativas do mercado:

  • Em 2025, subiu de 5,58% para 5,60%.
  • Em 2026, passou de 4,30% para 4,35%.
  • Em 2027, aumentou de 3,90% para 4%.
  • Em 2028, cresceu de 3,78% para 3,80%.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve inalterada a projeção da taxa básica de juros, a Selic, para o fim deste ano. A estimativa dos economistas segue em 15% ao ano, como no relatório anterior.

As previsões dos demais anos também seguem as mesmas, confira abaixo:

  • Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
  • Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
  • Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.

No momento, o Brasil tem taxa Selic de 13,25% ao ano — a primeira elevação dos juros neste ano e a quarta seguida no ciclo de aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros), que começou em setembro do ano passado.

Há ainda a expectativa de nova alta de pelo menos 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, realizada nos dias 18 e 19 de março. Caso aconteça, a taxa de juros chegará a 14,25% ao ano já no início de 2025.

PIB

O mercado reduziu, pela segunda semana consecutiva, a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano. A previsão de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 2,03% para 2,01%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, e uma queda implica encolhimento da produção econômica da nação.

Embora tenha sido reduzida, a previsão do mercado para este ano segue próxima da projeção do BC, que prevê avanço de 2,1% do crescimento do país em 2025. A estimativa da Secretaria de Política Econômica (SPE) é de crescimento de 2,3% do PIB.

Confira as demais projeções para o PIB:

  • 2026: segue em 1,70%;
  • 2027: subiu de 1,96% para 1,98%;
  • 2028: continua em 2%.

Outros indicadores

Dólar

No relatório Focus, o mercado financeiro manteve inalterada a previsão da taxa de câmbio (o dólar) para 2025 e 2026. Por outro lado, para os anos de 2027 e 2028, as estimativas foram ajustadas para baixo.

Veja as projeções para o dólar:

  • 2025: o valor continua em R$ 6.
  • 2026: a estimativa segue em R$ 6.
  • 2027: a projeção caiu de R$ 5,93 para R$ 5,90.
  • 2028: a previsão caiu de R$ 5,99 para R$ 5,90.

Balança comercial

O saldo da balança comercial (valores do total exportações menos as importações) recuou de US$ 76,8 bilhões para US$ 76 bilhões de superávit em 2025, conforme projeção do mercado financeiro.

Confira as estimativas para os próximos três anos:

  • 2026: a projeção de superávit subiu de US$ 78 bilhões para US$ 78,3 bilhões.
  • 2027: a previsão para o saldo positivo da balança comercial ainda é de US$ 80 bilhões.
  • 2028: a expectativa de superávit segue em US$ 82 bilhões.



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jornalismodigitaldf.com.br

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