Fintechs do PCC: chefe do MPSP cobra fiscalização para coibir lavagem


São Paulo — O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou, na manhã desta terça-feira 25/02), que “o estado precisa se organizar” e “buscar mais elementos” para coibir o uso de empresas legalizadas para a lavagem de dinheiro do crime organizado.

Ele refere-se às fintechs, instituições bancárias virtuais — registradas no Banco Central como empresas de pagamentos — por meio das quais o Primeiro Comando da Capital (PCC) lava dinheiro proveniente de suas atividades criminosas.

Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (25/2) para divulgar os resultados da Operação Hydra, que mirou fintechs acusadas de elo com o PCC, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya explicou que essas instituições captam recursos sem comunicar órgãos fiscalizadores.

Gakyia acrescentou que, atualmente, existem 1.500 fintechs atuantes no país, que representam 58% desse tipo de instituição na América Latina.

“Não são todas [envolvidas com o PCC], mas é certo que algumas são usadas por organizações criminosas”, disse o promotor.

Segundo o promotor, a desburocratização para abertura de contas, por meio de bancos digitais, não pode resultar no enfraquecimento da fiscalização.

Operação Hydra

O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior foi preso nesta terça-feira na Operação Hydra, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Polícia Federal (PF) para combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa.

A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach, jurado de morte pelo PCC e executado a tiros de fuzil em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Cyllas Elia é fundador e CEO da fintech 2GO Bank. Ele já havia sido preso em 26 de novembro do ano passado, durante a Operação Tai-Pan, da PF, contra crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos. O policial foi solto em janeiro após decisão da Justiça Federal, mas estava afastado das funções e responde a um procedimento na Corregedoria da Polícia Civil.

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Operação Hydra, do MPSP e da Polícia Federal, foi deflagrada na manhã desta terça-feira

Divulgação/ GAEGO

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A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach

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O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador e CEO da fintech 2GO Bank, foi preso durante a operação

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A Operação Hydra tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa

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Cyllas, que atuou no Deic, foi citado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil

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Quem é o policial preso em operação que mira fintechs ligadas ao PCC

Reprodução

De acordo com o MPSP, Gritzbach “jogou luz na atuação de fintechs para o branqueamento de bens e valores oriundos de atividades criminosas”. Essa é uma das frentes das investigações realizadas pela PF, cujo objetivo é desarticular esquema de lavagem de dinheiro por meio das instituições de pagamento.

Em resumo, duas empresas ofereciam serviços financeiros de forma alternativa às instituições bancárias tradicionais, movimentando valores ilícitos. Elas constituíram engenharia financeira complexa para velar os reais beneficiários.

A PF e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPSP, cumpriram um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo.

 



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