Por: Poliane Ketlen
Na terça-feira, dia 11 de junho de 2024, o Fórum de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, será palco de um julgamento que ecoa tristes eventos de violência doméstica e feminicídio. Lívio Quirino de Oliveira Neto enfrenta a justiça acusado de assassinar brutalmente sua ex-companheira, a dentista Emelly Nayane da Silva Ribeiro, no apartamento onde moravam juntos com o filho do casal.
Em 22 de fevereiro de 2021, Emelly foi encontrada sem vida no apartamento do edifício Porto das Antilhas, no bairro de Pau Amarelo. Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Lívio, descontente com o fim do relacionamento, teria premeditado o homicídio, sufocando Emelly após uma discussão.
O crime chocou a comunidade local e reforçou a gravidade da violência doméstica. Um dia antes do homicídio, Emelly havia prestado socorro a Lívio, levando-o ao hospital quando ele se queixou de mal-estar, demonstrando um ato de cuidado que contrasta fortemente com o desfecho trágico.
O MPPE classificou o crime como homicídio qualificado, destacando a premeditação e a crueldade do ato. A promotoria argumenta que Lívio agiu deliberadamente, motivado pelo não aceitamento do término do relacionamento. Durante a fase de instrução processual, o réu optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório.
