Em mais um capítulo da disputa judicial entre Justin Baldoni e Blake Lively, estrelas do filme É Assim Que Acaba, o juiz que cuidará do processo de difamação e assédio sexual criticou como o caso se tornou um espetáculo midiático e ameaçou antecipar a data do julgamento da ação.
Os advogados dos atores estiveram presentes pela primeira vez na segunda-feira (3/2) no Tribunal de Federal do Distrito Sul de Manhattan, em Nova York. Na ocasião, Michael Gottlieb, advogado de Lively, e Bryan Freedman, advogado de Baldoni, trocaram acusações sobre comentários públicos feitos por seus clientes.
O juiz Lewis J. Liman definiu portanto que ambos cumpram as Regras de Conduta Profissional de Nova York — que proíbem advogados de fazer ataques de caráter a seus oponentes ou comentários com probabilidade de prejudicar um possível júri, de acordo com a Variety.
Na prática, a medida não impede que os advogados falem com veículos de imprensa mas proíbe a divulgação de evidências que seriam prejudiciais a um júri e inadmissíveis no julgamento. A regra vale para qualquer violação futura feita pelas partes do processo.
O magistrado definiu o caso como um “espetáculo midiático” e ameaçou antecipar a data do julgamento se as partes continuarem se expondo publicamente. A previsão é que a ação seja julgada em março de 2026.
Blake Lively x Justin Baldoni
As brigas judiciais envolvendo o filme É Assim Que Acaba começaram em 21 de dezembro de 2024, quando Blake Lively divulgou um processo onde acusa Justin Baldoni de assédio sexual durante as gravações e por difamação, afirmando que ele fez “esforço coordenado para destruir sua reputação”.
A íntegra do documento entregue à Justiça foi divulgado pelo jornal The New York Times. Nele, constam provas de conversas entre Justin, o CEO da Wayfarer, Jamey Heath, e membros da equipe de relações públicas contratadas pelo diretor e pela produtora falando sobre estratégias para “minar” a opinião pública contra Blake.
Além disso, foram anexadas provas do descontentamento da atriz sobre como várias situações estavam sendo lidadas no set de gravação do filme, em 2023, antes de toda a polêmica se tornar pública. A situação nos sets de gravação teria ficado tão ruim que a reunião de janeiro de 2024 teria sido marcada para resolver o problema.
No dia 31 de dezembro, Justin Baldoni abriu um processo contra o jornal The New York Times onde pede US$ 250 milhões (equivalente a cerca de R$ 1,5 bilhão) em indenização por causa da uma reportagem sobre a suposta campanha para difamar Blake Lively.
Além do diretor, outras nove pessoas entraram na Justiça contra o jornal alegando difamação e invasão de privacidade. De acordo com o grupo, a reportagem do The New York Times é feita com base em comunicações “selecionadas e alteradas, desprovidas de contexto necessário e deliberadamente editadas para enganar”. O processo, publicado pela Variety, critica a maneira como algumas mensagens foram retratadas na matéria.
Pouco depois, Justin Baldoni abriu um processo contra Blake Lively e Ryan Reynolds, marido da atriz, onde alegou que o casal tentou “destrui-lo” com “falsas acusações de assédio sexual”.
O ator e diretor pediu uma indenização milionária de 400 milhões de dólares e acusa o casal de extorsão civil, difamação, invasão de privacidade, além de falar que os dois “sequestraram” o filme É Assim Que Acaba.
