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Educação celebra Dia do Educador Social Voluntário com histórias de dedicação – Secretaria de Estado de Educação


Servidoras que atuam ou atuaram como voluntárias falam do impacto do trabalho dentro e fora da sala de aula

Por Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

 

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Renata Santos e o estudante Davi Borges, de 6 anos. “Sem os educadores sociais, não conseguiríamos garantir o atendimento de qualidade que oferecemos” | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.

 

Uma educação de qualidade é construída em regime colaborativo. Na rede pública de ensino do Distrito Federal, os Educadores Sociais Voluntários (ESV) são parte essencial dessa construção e fazem a diferença no atendimento dos estudantes. Estabelecido pela Lei Distrital nº 6.871 de 2021, o Dia do Educador Social Voluntário, celebrado nesta segunda-feira (28), reconhece quem transforma vidas com afeto, dedicação e presença diária nas escolas.

 

Essa é justamente a história de Kryssia Keller e Renata Santos, que atuam no apoio a alunos com necessidades especiais na Escola Classe (EC) 03 da Estrutural. Também é o caso de Thays de Oliveira, que entrou na rede pública de ensino do DF como ESV em 2024 e segue após ser aprovada no último concurso público, levando consigo a experiência e a sensibilidade que aprendeu no voluntariado.

 

A pedagoga Kryssia Keller, de 30 anos, atua como voluntária desde o início do ano. Ela encontrou na função uma nova motivação. “Estava parada cuidando dos meus filhos e queria voltar à sala de aula, mas não sabia como. Vi uma propaganda sobre o Educador Social, me inscrevi e deu certo”, conta.

 

Para Kryssia, a confiança das famílias é uma das maiores recompensas da função. Ela, que atende alunos no matutino e vespertino, pela manhã acompanha o Davi Borges, de 6 anos, um estudante cadeirante com necessidades especiais.

 

“O Davi é uma criança especial que necessita de cuidados como comer, se limpar, se locomover. E os pais confiam essa responsabilidade a mim. Não tem gratificação maior que essa”. Renata Santos, 43 anos, também atua na EC 03 da Estrutural. Formada em gastronomia, ela conta que antes de atuar na Educação, trabalhou na oficina mecânica do ex-marido, onde aprendeu a montar e desmontar bicicletas.

 

Trabalhava em uma área completamente diferente, mas tudo mudou e gosto muito do que faço. É um trabalho que exige paciência e atenção, é apaixonante. Nem todo mundo tem o preparo ou o coração pra isso, mas eu me encontrei aqui”, explica.

 

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Estudante Davi Borges com as voluntárias Renata Santos e Kryssia Keller da EC 03 da Estrutural | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.

A educadora deixa um recado para os colegas que atuam como ESVs. “As crianças precisam de nós. Na escola, a nossa presença é a referência que muitos têm. Mesmo com um valor simbólico pelo dia trabalhado, a nossa função é essencial. Elas contam com a gente todos os dias.”

 

A EC 03 da Estrutural atende 430 alunos, sendo 70 com necessidades especiais. A diretora Lucélia Abreu reconhece o papel desses profissionais no dia a dia dos estudantes. “Temos 16 atuando na escola, sem eles não conseguiríamos garantir o atendimento de qualidade que oferecemos. Além do apoio, esses profissionais conquistaram as famílias pelo cuidado e vínculo afetivo que constroem, e as famílias pedem que os mesmos educadores fiquem com seus filhos, porque sabem que eles oferecem carinho, atenção e um olhar humanizado.

 

De educadora social voluntária a servidora pública

O trabalho voluntário transformou a vida de Thays de Oliveira, 29 anos, que encontrou na sala de aula o caminho para transformar sua vida profissional. Atualmente servidora da SEEDF, Thays conta que estava em busca de oportunidades e, após atuar como ESV na Escola Classe 209 da Asa Sul, viu sua vida melhorar.

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A jornalista Thays de Oliveira atuou como ESV na EC 209, da Asa Sul, e depois foi aprovada no concurso público da SEEDF | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.

 

A ideia era complementar a renda, mas foi muito além disso”, conta Thays. “Em 2024, fui selecionada para atuar na EC 209 Sul, onde comecei oferecendo suporte geral a uma turma do 3º ano. Com o tempo, passei a acompanhar mais de perto dois alunos com necessidades especiais, um com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outro com dislexia”, lembra.

 

A jornalista, que tomou posse na Secretaria de Educação em janeiro deste ano, conta que a vivência com as crianças com necessidades especiais a ajudou no crescimento pessoal. “Além da bagagem profissional, a gente aprende a entender melhor as diferenças. É uma experiência que transforma.”

Suporte nas escolas

 

Atualmente, a rede pública conta com cerca de 7.300 educadores sociais voluntários atuando nas escolas das 14 Coordenações Regionais de Ensino (CREs) do DF. Esses profissionais exercem suas funções sob a orientação das equipes gestoras, com dedicação e responsabilidade. O vínculo tem duração de um ano e segue critérios definidos em edital.

 

Já encaminhamos cerca de 7.300 educadores sociais voluntários para atuar nas nossas escolas. O limite atual é de 7.500, mas diante da crescente demanda, já solicitamos um aditivo para mais mil vagas”, destaca o chefe da Unidade de Apoio às Coordenações Regionais de Ensino (Unicre), Carlos Ney.

 

Os ESVs colaboram no apoio às atividades da educação integral e atuam diretamente com estudantes com deficiência e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), auxiliando em tarefas como alimentação, locomoção e higienização. Eles também contribuem na integração de estudantes migrantes internacionais e indígenas, falantes de outras línguas, matriculados na rede pública, inclusive nos Centros Interescolares de Línguas (CILs) e nos Centros de Educação Profissional.



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