Dinamarca: escolas permitirão que alunos usem IA nas provas de inglês


O Ministério da Educação da Dinamarca anunciou que o uso da inteligência artificial será permitido em caráter experimental nas provas orais de inglês do ensino médio já no começo do próximo ano. Na prática, o estudante vai receber um tema e terá uma hora para se preparar antes de falar diante do examinador.

Neste período, o estudante será autorizado a usar qualquer recurso, inclusive ferramentas de IA generativa. Já na parte escrita da prova, haverá mudanças no sentido oposto: os alunos terão de escrever parte do exame à mão, sem computador, para evitar “cola digital” e estimular a própria expressão linguística. Essa experiência só valerá para escolas que participarem de maneira voluntária, e o prazo será divulgado em setembro deste ano.

Segundo o ministro da Educação, Mattias Tesfaye, a ideia é equilibrar o aprendizado digital e o analógico.

“Com os jovens crescendo nesses dois mundos, precisamos prepará-los da melhor forma para a realidade depois da escola”, disse o ministro Mathias Tesfaye.

Finlândia: IA em aula de cálculo

Na Finlândia, plataformas de inteligência artificial já são usadas no ensino de matemática e em disciplinas que exigem cálculos, como física. A ferramenta Eduten, desenvolvida pela Universidade de Turku, está presente em mais de 70% das escolas do país e cria exercícios personalizados para cada aluno.

A ideia é tornar o aprendizado mais eficiente e menos estressante, ao mesmo tempo em que fornece dados em tempo real para que professores acompanhem o progresso dos estudantes.

Dinamarca: livro sem impostos

Já o ministério da Cultura da Dinamarca anunciou que vai eliminar o imposto sobre livros. Atualmente, a taxa é de 25%, a mais alta da Europa. A mudança vai custar cerca de 330 milhões de coroas por ano ao Estado, aproximadamente 280 milhões de reais.

O ministro Jakob Engel-Schmidt justifica a decisão como uma resposta a uma crise de leitura. De acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quase um quarto dos adolescentes dinamarqueses de 15 anos não consegue compreender um texto simples – um aumento de quatro pontos percentuais em uma década.

“A concorrência entre os serviços tradicionais de livros e as plataformas de streaming é muito acirrada. Com essa medida, eu gostaria que mais pessoas pudessem redescobrir o hábito da leitura”, afirmou o ministro Jakob Engel-Schmidt, em entrevista a uma emissora de TV dinamarquesa.



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