As chuvas de verão, bem características nos meses de dezembro a fevereiro, além de amenizar um pouco o calor, são um alerta para a proliferação do Aedes aegypti — principal transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo especialistas, o acúmulo de água parada, em conjunto com as altas temperaturas desta época do ano, torna o DF um ambiente propício para o desenvolvimento das larvas do mosquito.
Em 2024, o Distrito Federal enfrentou a pior epidemia de dengue da história, com 284.278 casos prováveis da doença e 440 mortes. E para evitar que esse cenário se repita neste ano, é necessário redobrar a atenção com os cuidados de prevenção.
Com atitudes simples no dia a dia, é possível evitar a proliferação desses mosquitos.
Veja o que se pode fazer para diminuir a incidência da dengue na capital:
Além de outras ações, como:
- Manter lixeiras e caixas-d’água sempre tampadas.
- Não deixar acumular água dentro de pneus ou outros objetos.
- Limpar calhas, ralos e piscinas regularmente.
- Usar repelentes e manter as janelas protegidas com telas.
E, ao notar a existência de casas e terrenos com qualquer tipo de acúmulo de água parada que possam servir de criadouro para o mosquito, denuncie pelo número 162 ou pelo WhatsApp 3410-9000.
Casos em 2025
A dengue é uma doença cíclica e, no Distrito Federal, ocorre normalmente entre os meses de outubro a maio. Tendo o maior pico nos primeiros meses do ano. Em 2025, até a quarta semana de janeiro, a Secretaria de Saúde já registrou 1.679 casos prováveis.
Sendo que 95,1% dos casos (1.598) foram em residentes da capital. Entre as regiões com maior incidência se encontram Ceilândia, com 317 ocorrências, Paranoá (131), Samambaia (121), Itapoã (101) e Taguatinga (98). Essas cinco regiões administrativas concentraram 48,1% dos casos prováveis de dengue do DF.
As mulheres foram as mais afetadas, com uma incidência de 53,8 casos por 100 mil habitantes, enquanto o grupo etário mais atingido foi o de 20 a 29 anos, com incidência de 79,8 casos por 100 mil habitantes. Representando, no total, 414 ocorrências da doença nas primeiras semanas do ano.
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus com quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Em 2025, foram detectados os sorotipos DENV-1 e DENV-2 na capital federal, sendo que a maior predominância é do tipo 2.
De acordo com especialistas, a imunidade para quem teve dengue só é referente ao sorotipo no qual a pessoa teve contato. Ou seja, há a possibilidade de testar positivo para a doença novamente, porém, com outro sorotipo. Por isso, o cuidado com a prevenção é o caminho mais seguro para evitar novos casos.
Denuncie
Para tirar dúvidas ou fazer denúncias sobre casas e terrenos com qualquer tipo de acúmulo de água parada que possam servir de criadouro para o mosquito, a população pode ligar no número 162 ou falar pelo WhatsApp 3410-9000.