Crítica: Conclave se credencia ao Oscar por brilho de Ralph Fiennes


Sempre que um papa morre, o passo seguinte é o anúncio do sucessor. A votação pode levar dias, ou até semanas, já que um postulante ao cargo de pontífice precisa alcançar o mínimo de votos, o que mantém cardeais do mundo todo enclausurados no Vaticano.

Esse é o enredo do filme Conclave, dirigido por Edward Berger, vencedor do Oscar por Nada de Novo no Front, e inspirado no livro de Robert Harris. O cineasta é responsável por jogar luz em um intenso thirller político sobre uma das instituições mais antigas do mundo.

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Ralph Fiennes é o responsável por dar vida ao cardeal Thomas Lawrence

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Conclave é dirigido por Edward Berger, vencedor do Oscar por Nada de Novo no Front, e inspirado no livro de Robert Harris

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O cineasta é responsável por jogar luz em um intenso político interno de umas das instituições mais antigas do mundo

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Conclave traz os bastidores da escolha do novo papa e uma “batalha de interesses” entre os cardeais para assumir o posto

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Nas 2h de tela, Berger mostra como os bastidores da eleição são cercados de intrigas políticas, com conchavos e “puxada de tapetes” entre os líderes religiosos

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O filme começa com uma cena em que o papa aparece já morto, deitado em sua cama e tem o seu quarto selado na sequência

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A partir daí, o cineasta dá início a um thriller político que prende o espectador em uma teia de conspirações e quebra-cabeças

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Conclave traz os bastidores da escolha do novo papa e uma “batalha de interesses” entre os cardeais para assumir o posto. Nas duas horas de tela, Berger mostra como os bastidores da eleição são cercados de intrigas políticas, com conchavos e “puxada de tapetes” entre os líderes religiosos.

O filme começa com uma cena em que o papa aparece já morto, deitado em sua cama e tem o seu quarto selado na sequência. A partir daí, o cineasta dá início a um thriller político que prende o espectador em uma teia de conspirações e quebra-cabeças.

Sem se apoiar em flashbacks, a trama anda para frente, sempre apostando em controvérsias, e obrigado os telespectadores a irem “pescando” as informações que aparecem na tela. A história é contada pela visão do Cardeal Thomas Lawrence, interpretado por Ralph Fiennes. Ele é o decano do Vaticano e o responsável por conduzir a votação.

Além de buscar manter a organização do local, ele lida com os egos e as visões bastante distintas dos personagens coadjuvantes, que se tornam os protagonistas nas eleições. Cada um tem uma característica marcante. O Cardeal Bellini é progressista; Tedesco é conservador Tedesco. Tremblay assume o papel de moderado. E também tem Adeyemi, representando o continente africano na disputa.

Como é a figura central de toda a situação, Ralph Fiennes comanda as ações do longa e deixa claro o seu talento ao mostrar as nuances do decano, que precisa lidar com a organização do conclave e navegar em meio aos anseios dos colegas.

O personagem ainda se mostra vulnerável a diversas situações, seja quando aparece no centro de discussões dos cardeais, quando explode por renegar o fardo que carrega diante da igreja católica. Há ainda momentos mais íntimos, quando se precisa entender os segredos dos postulantes ao papa.

Berger se propõe ainda a mostrar como cada cardeal age diante da possibilidade de se tornar o pontífice e como eles buscam puxar o tapete dos concorrentes. O cineasta mostra que, dentro da política católica, há espaço para a nobreza de caráter e também para o jogo sujo.

O acerto do filme é justamente não se focar em uma discussão sobre a religiosidade dos personagens, mas apostar no lado humano dos envolvidos na disputa. Suspense e a grande atuação de Ralph Fiennes credenciam a obra para a disputa do Oscar 2025.



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