Por: Poliane Ketlen
Após três anos foragido, Bruno Eustáquio Vieira foi finalmente capturado na última segunda-feira (8), em Belo Horizonte (BH), pelo assassinato de sua mãe, Márcia Lanzane, ocorrido em 21 de dezembro de 2020, em Guarujá (SP). A prisão encerra um capítulo de angústia e busca incansável por justiça liderada pelas irmãs de Márcia, Mariusa de Quadra e Minervina.
Mariusa, em uma publicação nas redes sociais, expressou seu alívio e satisfação com a captura do sobrinho: “O presente que você me deu no dia do meu aniversário, estou te devolvendo hoje como presente adiantado”. Ela acrescentou: “Sua hora chegou desgraçado. Falei que íamos te pegar. Pessoal, conseguimos prender o Bruno em Belo Horizonte. Valeu cada km rodado. Justiça por Márcia Lanzane.”
Bruno estava foragido desde o crime, e a prisão só foi possível graças à determinação das tias, que seguiram uma pista fornecida por vídeos no TikTok da namorada dele. As irmãs deixaram Guarujá e foram até Belo Horizonte, investigando pessoalmente os estabelecimentos que seguiam a página da namorada no TikTok. Com uma foto de Bruno em mãos, elas conseguiram descobrir seu paradeiro.
No dia da prisão, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) montou uma operação para capturá-lo. “Eles (policiais) falaram para a gente que iriam ficar de campana. A gente ficou na rua debaixo e eles na de cima. A gente viu [o Bruno] e começou a buzinar para os policiais, que o abordaram,” relatou Minervina.
Quando Bruno avistou suas tias descendo do carro, ele tentou resistir à prisão e fugir, mas foi contido pelos policiais. Sofreu leves escoriações durante a detenção e foi levado ao Hospital Municipal Odilon Behrens para atendimento médico. Posteriormente, foi conduzido à Delegacia de Plantão e, após os procedimentos legais, encaminhado à cadeia.
Imagens do circuito interno de segurança da casa onde o crime ocorreu mostram uma luta corporal entre mãe e filho. Bruno foi visto apertando o pescoço de Márcia e desferindo socos até que ela parou de reagir. Após o ataque, ele deixou a mãe no quarto e foi para a sala assistir televisão. Na manhã seguinte, saiu e voltou para casa, momento em que chamou a polícia, alegando ter encontrado a mãe morta.
As irmãs da vítima esperam que a justiça seja feita e que Bruno receba a pena máxima. “A gente fez o que achou que era certo. Ele tem que ficar na cadeia porque trazer ela de volta a gente não consegue, infelizmente. Valeu a pena e nós faríamos tudo de novo,” declarou Minervina.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou a prisão de Bruno e, após os procedimentos legais, ele será julgado pelo crime. A captura de Bruno representa uma vitória para a família Lanzane, que finalmente pode ver um avanço no caso após anos de dor e busca por justiça.