Colômbia: adolescente que matou pré-candidato a presidente é condenado


Um adolescente de 15 anos foi condenado, nesta quarta-feira (27/8), pela Justiça colombiana por matar o senador Miguel Uribe, de 39 anos, pré-candidato à presidência do país. O atentado a tiros aconteceu em 7 de junho deste ano e o político morreu no último dia 11 de agosto, por não resistir aos ferimentos. A pena aplicada é de sete anos de prisão, segundo informações do jornal El Tiempo.

“Após avaliar as provas apresentadas pelo Ministério Público e a aceitação voluntária das acusações feitas durante a audiência de acusação, um juiz do Sistema Penal Juvenil condenou o menor que atirou no senador e candidato à presidência Miguel Uribe Turbay”, anunciou o órgão responsável pela acusação formal do adolescente.

O atentado contra Uribe ocorreu quando ele fazia discurso em um ato político no bairro de Modelia, em Bogotá. A arma utilizada no crime foi uma pistola Glock 9 milímetros (mm). O adolescente foi preso momentos após atirar contra a vítima, quando tentava fugir de motocicleta, a poucas quadras do local.

O cumprimento da pena será feito em um centro especializado, com a aplicação de planos específicos para a ressocialização do menor.

Advogado da família de Uribe, que acompanha o caso, Víctor Mosquera afirmou que a pena aplicada, embora seja uma das “mais severas”, funciona como uma maneira de incentivar o uso de menores de idade para evitar uma punição efetiva.

“Segundo a Lei da Criança e do Adolescente, uma das penas mais severas foi imposta ao menor que assassinou Miguel Uribe Turbay: 84 meses. Respeitamos a decisão, mas essa pena jamais se compara à vida que ele tirou ou à dor que causou. Essa lei incentiva o crime a usar menores sem punição real e efetiva”, disse Mosquera.

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Senador Miguel Uribe, pré-candidato presidencial da Colômbia

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Pré-candidato à presidência e senador Miguel Uribe é atingido por tiros na Colômbia

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Miguel, pré-candidato à presidência da Colômbia

Pena poderia ser maior

A acusação imposta ao adolescente era dos crimes de tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A pena máxima para os crimes é de oito anos, mas a condenação efetiva ficou em sete anos. O adolescente colaborou com as investigações, ao fornecer informações ao Ministério Público que ajudaram na localização de outros supostos envolvidos no crime.

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O adolescente está em uma unidade do Ministério Público, em Bogotá, e sob os cuidados da Agência de Bem-Estar Familiar. Essa agência deverá ser a responsável pela custódia e condução de todo o caso do adolescente.

Para entrar na trama criminosa, o adolescente afirma ter recebido a oferta do recebimento de 20 milhões de pesos colombianos, algo um pouco inferior a R$ 27 mil.

Os outros acusados no crime são: Carlos Eduardo Mora, também conhecido como El Veneco; Katerine Andrea Martínez, conhecida como Gabriela; William Fernando González, Cristian Camilo González e Elder José Arteaga. Esse último é apontado como suposto mentor do assassinato de Uribe.



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