A morte repentina da bispa Keila Ferreira, aos 52 anos, mobilizou a comunidade evangélica. De acordo com uma fiel próxima à família, a líder da Assembleia de Deus do Brás, de São Paulo, sofreu um infarto fulminante na manhã do último sábado (1º/2).
A morte da bispa expõe os riscos do infarto em mulheres jovens e a importância de estar atento aos fatores de risco e às formas de prevenção. O ataque cardíaco é uma das principais causas de morte no Brasil, especialmente entre mulheres de 50 a 60 anos de idade.
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Sintomas de infarto
O infarto, também chamado de ataque cardíaco, ocorre quando o fluxo de sangue para o coração é interrompido de alguma forma, geralmente por uma placa de gordura ou coágulo.
A dor no peito, com sensação de aperto, é o sinal mais comum. Ela pode irradiar para áreas como braço esquerdo, mandíbula, pescoço ou costas, e vir acompanhada de outros sintomas, como náuseas e falta de ar, alerta a cardiologista Juliana Vasconcelos, coordenadora do núcleo de cardiologia do hospital Oto Santos Dumont, em Fortaleza.
“É comum a sensação de sufocamento, suor excessivo, tontura e mal-estar geral. Em alguns casos, o paciente pode até desmaiar. Por isso, ao notar qualquer um desses sinais, é essencial buscar atendimento médico imediato”, orienta Juliana.
O infarto fulminante da bispa Keila
Sofrer um infarto aos 52 anos, como ocorreu com Keila, é incomum, mas os cardiologistas alertam que a idade por si só não é uma segurança e que o ataque cardíaco pode acontecer em homens e mulheres de qualquer faixa etária, mesmo que seja mais comum em idosos.
“O infarto fulminante, aquele que compromete o funcionamento do coração como um todo e leva ao óbito praticamente instantaneamente, é mais comum em jovens. Esses casos de morte súbita muitas vezes ainda acompanham questões genéticas, por isso é importante investigá-las”, explicou o cardiologista Bruno Bacelar, da clínica Tivolly, em entrevista anterior ao Metrópoles.
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Sintomas de infarto em mulheres
Em mulheres, os sintomas de infarto podem ser mais sutis ou atípicos, o que torna o diagnóstico mais difícil. Fadiga inexplicável, dificuldade para respirar, náuseas, dores no corpo e desconforto na garganta podem ser sinais precoces de que algo não está bem. Essas manifestações exigem atenção imediata, pois podem preceder um ataque cardíaco.
Além disso, as mulheres podem apresentar sintomas como palpitações e sensação de pele ardente ou formigamento, principalmente em situações de estresse. A falta de ar é outro indicativo comum, especialmente em idosas.
Estar atenta aos sintomas e buscar ajuda médica imediatamente é fundamental para o prognóstico positivo e evitar sequelas. A demora no atendimento aumenta os riscos de danos irreversíveis ao coração e pode reduzir as chances de sobrevivência.
Fatores de risco
O médico também ressalta os principais fatores de risco que contribuem para um infarto. Entre eles, destacam-se:
- Idade avançada
- Histórico familiar de doenças coronárias
- Estresse crônico
- Pressão alta
- Histórico de tabagismo
- Obesidade
- Falta de atividade física
“O controle dos níveis de colesterol e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para a prevenção. Além disso, quem tem diabetes precisa seguir rigorosamente as orientações médicas para manter os níveis de glicose sob controle e evitar os riscos”, recomenda Juliana.
Também faz parte da prevenção a realização de check-ups regulares para detectar possíveis problemas no sistema cardiovascular antes que eles se tornem graves.
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