A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos provocou um impacto negativo significativo na audiência de grandes redes de televisão do país, como a CNN e a MSNBC. Ambas as emissoras, que há anos enfrentam desafios para manter o público, registraram quedas acentuadas nos índices de audiência logo após o anúncio do resultado das eleições, conforme dados da Nielsen.
No caso da MSNBC, a audiência despencou 54% no dia seguinte à vitória de Trump, com uma perda ainda mais expressiva durante o horário nobre (das 20h às 23h), considerado crucial para os anunciantes. Já a CNN teve uma redução de 46% no mesmo período, agravando um cenário de declínio contínuo. Desde 2016, o canal perdeu cerca de 8,2 milhões de espectadores, o que equivale a uma queda de mais de 60%.
O fenômeno é reflexo de mudanças no comportamento da audiência, que parece ter migrado para outras fontes de informação e entretenimento. O impacto foi tão significativo que, em alguns momentos, os índices de audiência da CNN e da MSNBC ficaram atrás de canais como Food Network, dedicado à culinária, e Bravo, especializado em reality shows.
A queda não é um fenômeno restrito aos Estados Unidos. No Brasil, onde a CNN opera desde 2020 e a MSNBC desembarcou em novembro de 2024, as emissoras também enfrentam o desafio de conquistar relevância em um mercado cada vez mais dominado por plataformas digitais e serviços de streaming.
Embora o resultado eleitoral tenha sido o gatilho para a recente crise de audiência, a tendência de declínio já vinha se desenhando. Na semana seguinte à confirmação da vitória de Trump, a CNN registrou menos da metade da audiência da Fox News, consolidando um cenário preocupante para os canais.
