Um dos maiores ladrões de banco do país, Argemiro Antônio da Silva, 62 anos, ficou apenas um dia escondido em uma chácara (foto em destaque) em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Conhecido como Costelinha, ele entrou em confronto com a Polícia Militar (PMGO), foi atingido e não resistiu. Argemiro morreu, nessa segunda-feira (3/2), momentos após a troca de tiros.
O local em que Argemiro estava quando foi encontrado é uma chácara localizada em uma área de mata, no Setor Coimbra. O Metrópoles apurou que a casa foi alugada pela filha do fugitivo. À proprietária, a jovem disse que os pais estavam chegando do Maranhão para passar por uma cirurgia na região.
O aluguel do espaço foi fechado por meio de um site de vendas. A dona entregou a chave no domingo (2/2) para um homem que, a princípio, não seria Argemiro. O contrato seria assinado nesta segunda.
Veja a chácara:
Últimos momentos do ladrão
Ao ter seu paradeiro descoberto pela PMGO, por volta das 15h desta segunda, o criminoso tentou fugir pelos fundos da propriedade rural. Na tentativa de evitar uma aproximação, ele teria atirado na direção dos militares, que revidaram, dando início a uma intensa troca de tiros. Nenhum policial ficou ferido.
Após o confronto, o ladrão de bancos chegou a ser socorrido com vida, mas devido aos graves ferimentos, morreu instantes depois. No local, a PM apreendeu uma pistola calibre 380, um carregador e cinco munições não deflagradas.
De acordo com fontes envolvidas na operação ouvidas pelo Metrópoles, desde a época fuga do Complexo Penitenciário da Papuda, há exatamente um mês, havia troca de informações entre as polícias do DF e de Goiás para investigar o paradeiro de Argemiro.
Fuga da Papuda
No início de janeiro, Argemiro Antônio, também conhecido como Costelinha, serrou as grades da cela em que ficava e fugiu da ala de idosos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR).
O que aconteceu:
- Com 62 anos, Costelinha serrou grades do banheiro da cela em que ficava e escapou da Ala de Idosos da Papuda.
- Argemiro Antônio foi condenado a 125 anos de prisão por uma série de crimes, como roubo a banco e latrocínio – roubo seguido de morte.
- O preso chegou a comandar um roubo a banco de dentro da cadeia, por meio do WhatsApp.
- A quadrilha chefiada por ele conseguiu levar cerca R$ 1,3 milhão do banco roubado, em Goiás.
- Argemiro Antônio roubava bancos com o apoio de três irmãos.
- Antes de ser preso, ele invadiu um banco em um bairro de classe alta do Distrito Federal com uma escopeta.
- A Interpol chegou a ser acionada para incluir Argemiro Antônio na Lista de Difusão Vermelha, de procurados internacionalmente.
