Por: Kelven Junio
Um caso chocante de violência familiar abalou São Paulo nesta semana. Um adolescente de 16 anos foi apreendido por matar a tiros seus pais adotivos e sua irmã. O jovem confessou à polícia que não se arrepende do crime e que “faria tudo de novo”. O assassinato ocorreu na sexta-feira (17), mas o adolescente só acionou a Polícia Militar no domingo (19) para confessar o ato.
As vítimas foram identificadas como Isac Tavares Santos, de 57 anos, Solange Aparecida Gomes, de 50, e Letícia Gomes Santos, também de 16 anos. A arma utilizada no crime pertencia ao pai adotivo do adolescente, que trabalhava como Guarda Civil de Jundiaí. O jovem permaneceu com os corpos dos familiares na casa por três dias antes de chamar a polícia.
Segundo informações do 33º Distrito Policial (Pirituba), o adolescente relatou ter sido chamado de “vagabundo” pelos pais e teve seu celular confiscado um dia antes do crime. De acordo com o boletim de ocorrência, o celular foi retirado para que ele se concentrasse em um trabalho escolar. O jovem afirmou que sabia onde o pai guardava a arma e chegou a testá-la antes de cometer os assassinatos.
Isac Tavares foi a primeira vítima, sendo morto pelas costas na cozinha de casa. Ao ouvir o disparo, Letícia Gomes foi até a cozinha para verificar o ocorrido e foi baleada no rosto. Após matar os dois, o adolescente foi para a academia. Quando retornou, esperou sua mãe chegar em casa e a matou. No dia seguinte, ele ainda atacou o corpo da mãe com uma faca. Quando a polícia chegou ao local, os corpos já estavam em estado de decomposição.
A arma do crime e o celular do adolescente foram apreendidos. O jovem foi levado para a Fundação Casa, e o caso foi registrado como homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma e vilipêndio a cadáver. A Polícia Civil está conduzindo a investigação do caso para esclarecer todos os detalhes e motivos que levaram ao crime.