Explorar biografias é uma ótima maneira de conhecer de perto a vida e a trajetória de grandes mulheres brasileiras. No Dia Internacional da Mulher, selecionamos cinco livros sobre ícones da cultura nacional, como Rita Lee e Fernanda Montenegro, para você se encantar ainda mais com suas histórias.
Confira a lista:
Rita Lee: Uma Autobiografia, de Rita Lee (ed. Globo Livros)
Do primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma bio não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A
infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias.
Prólogo, ato, epílogo: Memórias, de Fernanda Montenegro (ed. Companhia das Letras)
Em Prólogo, ato, epílogo, Fernanda Montenegro narra suas memórias numa prosa afetiva, cheia de inteligência e sensibilidade. Com sua voz inconfundível, ela coloca no papel a saga de seus antepassados lavradores portugueses, do lado paterno, e pastores sardos, do lado materno. Lidas hoje, são histórias que podem “parecer um folhetim. Ou uma tragédia” ― gêneros que a atriz domina com maestria.
Um Lugar Todinho Meu, de Roberta Miranda (ed. A Página)
Quem vê Roberta Miranda com mais de 30 anos de uma carreira bem sucedida, não faz ideia de tudo pelo que ela passou para chegar ao topo.
Ser coroada rainha em vida – não por políticos ou através de guerras, mas pelo público –, é um privilégio conquistado depois de muita provação. Se hoje a contemplamos em shows lotados, fazendo stories engraçados com pouca roupa ou mesmo vendo seu nome em letras gigantes na Times Square, a verdade é que esse foi um percurso construído à custa de muito “não”.
Maria Bonita: Sexo, violência e mulheres no cangaço, de Adriana Negreiros (ed. Objetiva)
A mulher mais importante do cangaço brasileiro, que inspirou gerações de mulheres, ganhou em 2018 uma biografia completa e com perspectiva feminista. Embora a mitificação da imagem de Maria Bonita tenha escondido situações de constante violência, ela em nada diminui o caráter transgressor da Rainha do Sertão.
Elis: Nada será como antes, de Julio Maria (ed. Companhia das Letras)
Elis Regina deixou as rádios de Porto Alegre para ganhar as praças cariocas e paulistanas, onde fechou contrato com a gravadora Philips e com a emissora Record para apresentar o programa musical O Fino da Bossa.
Com apenas 22 anos, a cantora possuía o maior salário da TV brasileira, havia gravado o disco mais vendido no país até então e feito shows internacionais. Elis assombrava os que a conheciam por seu gênio e habilidade musical.
Dotada de ouvido absoluto, ela pensava como instrumentista, conseguia mudar de tom com facilidade e criar linha melódica em tempo quebrado. No entanto, a força de seu talento era acompanhada da vulnerabilidade propiciada pelo crescimento rápido num ambiente profissional competitivo e nem sempre amigável.