O licopeno é um antioxidante natural, responsável pela cor vermelha de alguns alimentos, como tomate, melancia, goiaba e pitanga. Ele é associado a diversos benefícios para a saúde, como a proteção da pele e a prevenção de doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares e o câncer.
Isso porque o licopeno é uma substância do grupo dos carotenoides e ajuda a reduzir a ação dos radicais livres, que enfraquecem as células saudáveis e deixam o corpo mais suscetível a doenças, explica a oncologista Gabrielle Scattolin, da Oncoclínicas Brasília.
“A todo momento produzimos radicais livres, quando respiramos, praticamos atividade física e, principalmente, com hábitos pouco saudáveis, como fumar e beber álcool. Antioxidantes como o licopeno trabalham a nosso favor e destroem esses radicais livres”, afirma Gabrielle.
Benefícios do licopeno
- Ação antioxidante: neutraliza os radicais livres, protegendo as células do envelhecimento e reduzindo o risco de doenças crônicas.
- Saúde cardiovascular: ajuda a reduzir o LDL (conhecido como colesterol ruim) e a pressão arterial, prevenindo doenças cardíacas.
- Proteção da pele: protege contra os danos causados pelos raios UV.
- Prevenção do câncer: pode reduzir o risco de certos tipos de câncer, como o de próstata.
- Saúde ocular: contribui para a saúde dos olhos, prevenindo doenças como a degeneração macular.
- Fortalecimento do sistema imunológico: melhorar a defesa do organismo contra infecções.
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Como incluir o licopeno na dieta
- Tomate: pode ser consumido fresco, cozido, como suco, sopa ou pelo molho e extrato.
- Melancia: inclua o suco e as fatias de fruta na rotina, como sobremesa ou lanche.
- Goiaba: coma in natura, em saladas de frutas, ou beba o suco.
- Mamão: inclua a fruta no café da manhã ou em smoothies.
O licopeno é melhor absorvido pelo corpo quando consumido junto a uma fonte de gordura saudável, como o azeite de oliva.
“Isso acontece porque ele é uma substância lipossolúvel. Minha dica é adicionar um pouco de azeite ao molho de tomate, ou um abacate à salada de tomates”, esclarece o nutricionista Guilherme Rodrigues, do grupo Mantevida, em Brasília.
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Menor risco de doenças cardiovasculares
O licopeno é um carotenoide com efeito antioxidante. Evidências científicas mostram que ele atua reduzindo a oxidação da molécula de LDL (o colesterol ruim), diminuindo assim o processo de formação de placas e, consequentemente, de doença arterial coronária, causadora do infarto.
“Além disso, ele protege as membranas celulares contra as lesões causadas pelo radical dióxido de nitrogênio (encontrado no fumo), podendo em parte ser um fator protetor ao coração contra os danos causados pelo tabagismo”, afirma a cardiologista Stephanie Mares, do Hospital Brasília Águas Claras, da rede Dasa.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
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Prevenção do câncer de próstata
Estudos indicam que o consumo regular de tomate está associado à menor incidência de células tumorais, em especial as do câncer de próstata.
“Os antioxidantes, como o licopeno, são compostos que destroem os radicais livres e atuam protegendo as células da quebra do DNA e prevenindo o câncer”, explica a oncologista Gabrielle Scattolin, da Oncoclínicas Brasília.
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