Um suposto agenciador de modelos entrou na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após enganar famílias da capital federal prometendo uma carreira de modelo para crianças. O suspeito cobrava uma taxa de agenciamento das vítimas e prometia cachês de até R$ 2,9 mil por trabalho realizado.
Em 11 de janeiro, a mãe de uma jovem de 10 anos recebeu uma mensagem no WhatsApp de um homem que se identificou como Fellipe Fischer (foto em destaque), ex-diretor de casting de uma agência de modelos, a “M Models”, dizendo ter uma oportunidade para sua filha.
De acordo com a proposta, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 65, a menina seria agenciada e escalada para seu primeiro trabalho publicitário através da empresa Connectt Company, da qual Fellipe seria o proprietário. O cachê seria de R$2,9 mil, pago logo após a realização do serviço.
Porém, após enviar informações pessoais, pagar a taxa e ter sido incluída em um grupo administrado por outra mulher, identificada como Valentinna Guerreiro, a vítima começou a ter suas mensagens ignoradas e passou a desconfiar das tratativas.
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Descoberta
A mãe da criança decidiu, então, pesquisar un pouco mais sobre a empresa e descobriu que Fellipe já tinha histórico de golpes aplicados em pessoas e até mesmo na TV Band.
“Minha maior preocupação agora é com os dados da minha filha. Não sei o que ele é capaz de fazer”, desabafou a mãe que não quer ser identificada por motivos de segurança.
Ao conversar com pessoas que tiveram experiências profissionais com Fellipe, o Metrópoles apurou que o modus operandi do golpista se mantém o mesmo há pelo menos dois anos.
“Ele cobra um sinal para agenciar modelos e marcar sessões de fotos, mas nunca cumpre o que promete. Depois disso, simplesmente some”, relatou uma outra vítima.
2 imagens
1 de 2Há relatos de que os golpes são aplicados há pelo menos dois anos.
2 de 2Felipe cobraria um sinal para agenciar modelos e marcar sessões de fotos. Os relatos indicam que, depois de pago, ele desaparece.
Golpes anteriores
Fellipe na verdade é Felipe Fischer Diniz. Ele é conhecido por usar perfis nas redes sociais para aparentar credibilidade. Com mais de 22 mil seguidores, publica fotos de castings que supostamente organizaria através de sua empresa.
Em 2022, Fellipe foi acusado de se passar por repórter da Rede Bandeirantes, resultando em uma notificação extrajudicial que o obrigou a apagar publicações em que vinculava seu nome à emissora.
Além disso, ao acessar os perfis do investigado nas redes sociais, é possível encontrar comentários de outras vítimas:
“Cadê vocês que não entram em contato? Quero meu dinheiro!”, reclama uma das pessoas enganadas.
Até o momento, a mãe da jovem registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso.