Modo de andar e tatuagem ajudaram a identificar atirador de Gritzbach


São Paulo – A operação de inteligência que resultou na prisão do suposto atirador que matou o delator do PCC Antonio Vinicius Gritzbach comparou imagens do cabo da PM Dênis Antonio Martins com as de câmeras de segurança no dia do assassinato.

Entenda o caso:

  • Gritzbach foi assassinado em novembro de 2024, em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O empresário de 38 anos era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC);
  • Durante uma delação, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar extorsões cometidas por policiais civis. Tanto eles quanto PMs investigados foram afastados das funções;
  • Na quinta-feira (16/1), uma operação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo (PMSP), que investiga integrantes da corporação suspeitos de terem envolvimento com o PCC prendeu 15 policiais militares;
  • A Corregedoria da PMSP iniciou a Operação Prodotes após receber uma denúncia anônima, em março de 2024, que mencionava supostos vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
  • A investigação da Polícia revelou que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar do histórico criminal dele, o que levanta a suspeita da participação de PMs na organização criminosa;
  • As apurações também demonstraram que informações estratégicas teriam sido vazadas por policiais militares da ativa, da reserva e ex-integrantes da corporação, o que permitia a integrantes do PCC evitarem prisões e prejuízos financeiros;
  • Entre os agentes presos na quinta-feira está o policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o delator do PCC;
  • Outro tenente foi preso neste sábado (18/1). Fernando Genauro da Silva é suspeito de ser o condutor do carro usado pelos criminosos na execução do empresário.

O modo de andar do policial e o local de uma tatuagem no braço, que coincidiam com as características do suspeito do crime mostrado em câmeras de segurança, estão entre os fatores que ajudaram na identificação do agente como um dos supostos atiradores pela polícia. A informação é do programa Fantástico, da TV Globo.

A apuração usou câmeras para refazer o caminho dos suspeitos depois de saírem do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em trajetos a pé, de ônibus e de carro.

Câmeras de segurança flagraram dois supostos atiradores e o suspeito de ser o motorista do veículo usado no crime. Através de arquivos com características físicas de policiais e dados de telefones celulares deles, os investigadores chegaram ao nome de Dênis Martins como sendo um suspeito que usava um boné branco no dia do crime.

 

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Suspeitos de atirar e dirigir carro usados para executar Vinícius Gritzbach

O cabo da polícia passou a ser monitorado: cenas do PM chegando ao quartel mostraram um homem com o mesmo tipo físico que Dênis.

O policial acabou preso na quinta-feira (16/1), enquadrado no artigo 150 do Código Penal Militar, que trata do crime de se reunir dois ou mais militares com armamento ou material bélico para praticar violência.

Segundo informou o corregedor da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Fábio Sérgio do Amaral, em coletiva de imprensa nessa quinta, essa foi uma “oportunidade” de garantir a prisão temporária de Denis para que as investigações sobre o homicídio de Gritzbach possam avançar.

Motorista

Segundo o Fantástico, um segurança de Gritzbach foi ouvido na investigação e deu informações que podem comprometer o policial suspeito de ser o motorista do carro usado no crime, o tenente da PM Fernando Genauro da Silva, 33. Ele foi preso no sábado (18/1) .

O segurança prestou depoimento à polícia afirmando que Genauro era amigo de Gritzbach e chegou a pegar emprestado carros do delator.  O homem, ainda segundo o depoimento, teria mandado mensagem a ele perguntando sobre o retorno da viagem – Gritzbach estava em Maceió antes do crime.

Com a prisão deste sábado, sobe para 16 o número de PMs presos por suspeita de ligação com a morte do delator do PCC. Os outros 15 policiais militares, detidos nessa quinta-feira (16/1), tiveram a prisão mantida pela Justiça Militar no dia seguinte, após passarem por audiência de custódia.

Entre os demais presos, 14 prestavam escolta privada ao empresário, apesar do histórico criminal conhecido de Gritzbach. Eles também são investigados por suspeita de ligação com o PCC.



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