visual renovado e potência turbinada


Durante a dinastia Song (960-1279), a China viveu uma era de ouro em ciência, tecnologia e inovação, com invenções como a bússola e o uso generalizado da impressão tipográfica. Hoje, esse espírito parece inspirar a BYD na construção de seus veículos eletrificados, que prometem unir eficiência, desempenho e tecnologia de ponta. O terceiro modelo, e topo de linha, é o Song Plus Premium, que evolui do Song Plus. 

Modelo mais caro e equipado da linha, ficando acima da dupla Song Pro e Song Plus, o novo Song Plus Premium se apoia no trem de força híbrido plug-in AWD, pacote completo de equipamentos de conforto e segurança e um visual renovado. Com tudo isso, será que agora o SUV híbrido plug-in pode consolidar o sucesso da linha e bater de frente com o rival também chinês GWM H6 Haval H34? 



16x9-tr visual renovado e potência turbinada

Foto de: Motor1 Brasil



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Foto de: Motor1 Brasil



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Foto de: Motor1 Brasil

Começando pelo design, a nova versão Premium do Song Plus, que já está sendo vendida com esse visual na China desde o ano passado, traz elementos visuais da linha Ocean, o que é uma novidade, já que o Song Plus originalmente é um modelo da família Dinastia, que usa uma linguagem de design anterior dentro da BYD. Na prática, esse estilo é exatamente o mesmo do BYD Seal U, versão totalmente elétrica do Song para o mercado europeu.  

A dianteira é completamente nova. Além do para-choque redesenhado, sai a grade hexagonal larga em favor de uma entrada de ar menor, formada por barras horizontais. Além disso, o Song Premium também perde a faixa cromada entre os faróis e ganha um conjunto ótico mais parecido com o da família Seal, mais angular e com uma linha dividida na parte inferior, o que remete à temática marinha.



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Foto de: Motor1 Brasil

A traseira também muda: as lanternas continuam conectadas, mas agora têm novo desenho, com o logo da BYD na parte de cima, ao contrário do Song Plus normal, que tem o nome Build Your Dreams na parte inferior. Outra mudança aqui é que a placa subiu do para-choque para a tampa do porta-malas.

Com porte similar ao de um Jeep Commander, o Song Plus Premium mede 4.775 mm de comprimento, 1.890 mm de largura, 1.670 mm de altura e 2.765 mm de entre-eixos. O porta-malas comporta 574 litros e vai a 1.477 com o banco traseiro rebatido.



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Foto de: Motor1 Brasil

E se o exterior mudou bastante, o interior segue basicamente o mesmo estilo. Mas aqui temos a nova multimídia de 15,6”, presente nos modelos mais recentes da BYD e o mesmo painel de instrumentos de 12,3”. Novidade é o console central redesenhado com um novo seletor de câmbio, pequeno e discreto se comparado ao do Song Plus tradicional.

A lista de recursos do Song Plus Premium incorpora acesso por NFC (Near Field Communication), permitindo destravar as portas com um cartão ou pelo aplicativo no smartphone. Esse mesmo aplicativo possibilita o gerenciamento remoto de diversas funções, como ligar o carro, acionar os faróis, ajustar a ventilação dos assentos, destrancar as portas e controlar o ar-condicionado.

Além disso, apenas esta versão topo conta com head-up display, que projeta informações importantes, como velocidade e alertas do sistema ADAS, diretamente no para-brisa. O pacote tecnológico inclui ainda um carregador portátil e o sistema VtoL (Vehicle to Load), que permite utilizar a bateria do carro como fonte de energia para dispositivos externos.



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Foto de: Motor1 Brasil



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Foto de: Motor1 Brasil



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Foto de: Motor1 Brasil

Os bancos dianteiros possuem ajustes elétricos (8 posições para o motorista e 4 para o passageiro), além de aquecimento e ventilação. Na parte traseira, há um bom aproveitamento do espaço, com assoalho plano, saídas de ar-condicionado, duas portas USB (A e C), luzes de leitura, porta-objetos e um teto solar panorâmico.

E agora indo ao que mais interessa: será que o desempenho desse Song com motor turbo convence? Logo nas primeiras saídas já da pra ver que o SUV tem muito mais disposição. O interessante é que mesmo no modo ECO, a entrega de potência é mais que suficiente. O Song Premium acelera bem: em nosso teste fez de 0 a 100 em 5,9 segundos, um pouco acima do número oficial, que é 5,2 segundos, mas ainda assim um bom resultado para um SUV com mais de 2 toneladas. 

Aqui é nítida a diferença para o Song Plus aspirado, que cumpriu a tarefa em 8,4 segundos. Mas agora o conjunto conta com dois motores elétricos (um em cada eixo) e um motor 1.5 turbo de 129 cv no lugar do aspirado para um total de 324 cv de potência.



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Foto de: Motor1 Brasil

Mesmo assim, a personalidade não muda tanto pro irmão menos potente. Essa versão de topo segue a receita daquele ajuste mais macio da suspensão, que tem configuração McPherson na dianteira e multilink na traseira. Roda bem na cidade e em asfalto irregular, mas eu preferiria um pouco mais de carga nos amortecedores, nada exagerado, mas deixaria o SUV ainda melhor em termos dinâmicos. Dito isso, mesmo com mais de 300 cv, a proposta continua sendo a de um SUV confortável. Ele não tem perfil esportivo, ainda é um modelo familiar, mas que agora anda muito bem.

Ainda sobre o conforto, o SUV híbrido de topo impressiona pelo excelente isolamento acústico e de ruídos e vibrações: quase não se nota o funcionamento do motor 1.5 turbo, que, aliás, é muito pouco acionado no uso urbano: o sistema DM-i prioriza bastante os motores elétricos. Mesmo no modo ‘Save’, onde o motor turbo ajuda a carregar as baterias, ele ainda utiliza bastante os motores elétricos com o objetivo de manter o consumo em níveis mais baixos. 



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Foto de: Motor1 Brasil

E falando em eletricidade, na parte das baterias continua tudo igual, com o novo pacote que a linha Song Plus recebeu no ano modelo 2025, de 18,3 kWh. Na prática, conseguimos uma autonomia de 72 km com uma carga dirigindo exclusivamente no modo elétrico em uso urbano, um número superior aos 52 km declarados pelo Inmetro. E ainda que a autonomia combinada pelo padrão Inmetro seja de 690 km, na prática você pode esperar por algo na casa dos 800 km no caso de um uso mais urbano. Em estrada, pelas medições feitas, estimamos um alcance combinado entre 600 e 700 km, a depender das condições.

No modo híbrido (HEV) o consumo foi de até 18,1 km/l na cidade, o que é um número muito bom para um SUV com esse porte e potência. Por outro lado, na estrada a média foi 13,5 km/l, como é praxe entre os híbridos, onde o motor a combustão é mais exigido durante o uso rodoviário. Vale mencionar que ao dirigir tanto no modo EV (elétrico) quanto no modo HEV (híbrido), o SUV consome a bateria até chegar aos 25% do estado de carga. A partir daí, o motor trabalha para não deixar o estado de carga ficar abaixo desse nível, o que eleva um pouco as médias de consumo. Durante o nosso teste, a média urbana ficou em 14,7 km/l nessa situação, conduzindo no modo Eco.

A bateria pode recarregada apenas em AC, com até 6,6 kW de potência, ou seja, o Song Premium não pode receber carga rápida DC. Isso representa cerca de 1 hora e 40 minutos para recuperar hipotéticos 20% a 80% do estado de carga. Mas na prática, vale lembrar que o modelo possui o modo ‘Save’, o que é útil para não deixar o nível de carga cair tanto, demandando menos paradas em estações de recarga. Aqui, vale destacar, o ideal é ter um carregador doméstico, ainda mais pelo fato de a bateria ser menor e poder ser carregada em menos tempo.  

Assim como a dinastia Song buscou equilibrar avanços tecnológicos e realizações práticas em sua época, o BYD Song Plus Premium tenta oferecer um pacote robusto de tecnologia, desempenho e conforto em um mercado cada vez mais competitivo. Com preço de R$ 299.800, ele se distancia significativamente do Song Plus convencional, justificando os R$ 60 mil adicionais com um trem de força mais potente, novos equipamentos e um visual renovado.

Ainda assim, essa diferença de preço coloca o modelo frente a rivais diretos, como o GWM Haval H6 PHEV34, que entrega mais potência e autonomia por um valor ligeiramente menor (R$ 283.000). No fim, a decisão pelo Song Plus Premium passa por prioridades individuais: tecnologia embarcada, desempenho em estrada ou eficiência urbana. Seja qual for a escolha, o SUV híbrido da BYD representa um avanço claro, mas como na história da dinastia que lhe empresta o nome, cada conquista tem seu preço…

Fotos: Mario Villaescusa (para o Motor1.com Brasil)

BYD Song Plus Premium 1.5T PHEV




Motor

dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, 1.498 cm3, comando duplo com variador na admissão, injeção direta, turbo, gasolina + 2 elétricos




Potência e torque

129 cv a 6.000 rpm e 22,4 kgfm a 4.500 rpm (combustão); 201 cv e 30,6 kgfm (elétrico dianteiro); 161 cv e 30,6 kgfm (elétrico traseiro); Combinada: 324 cv




Transmissão

automática transeixo; tração integral




Suspensão

McPherson na dianteira; multilink na traseira; rodas de 19″ com pneus 235/50




Bateria

18,3 kWh




Comprimento e entre-eixos

4.775 mm e 2.765 mm




Largura

1.890 mm




Altura

1.670 mm




Peso

2.020 kg em ordem de marcha




Capacidades

porta-malas: 574 litros; tanque: 57 litros




Preço como testado

R$ 299.800




Retomada

40 a 100 km/h (em S): 4,4 s; 80 a 120 km/h (em S): 4,3 s




Aceleração

0 a 60 km/h: 2,6 s; 0 a 80 km/h: 4,0 s; 0 a 100 km/h: 5,9 s




Autonomia elétrica

72 km




Consumo de combustível

Urbano: 18,1 km/l / Rodoviário: 13,5 km/l (gasolina)



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jornalismodigitaldf.com.br

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