Jovem planejava massacre em escola do DF no dia do seu aniversário


Os adolescentes que planejavam realizar um massacre em uma escola da rede pública do Distrito Federal tinham uma data definida para o atentado: 20 de setembro.

Conhecido como “dia zero”, o motivo da escolha da data se deu por ser o dia do aniversário de 18 anos de um dos jovens. “Que tal fazermos no seu aniversário? O seu presente vai ser atirar em preto e matar gente”, relata.

Entretanto, um fator curioso a respeito da data, se dá em relação ao dia da semana em que ela cai, que é um sábado, período em que só há aulas nas escolas em virtude de reposição.

O Metrópoles optou por não divulgar o nome da escola nem a região administrativa onde a unidade de ensino fica, na intenção de coibir a disseminação de fake news e evitar pânico na comunidade.

“Exposed” do plano

  • Os jovens gravaram e publicaram cerca de 10 fitas narrando todos os preparativos para o massacre, marcado para 20 de setembro;
  • Uma jovem que mora na Argentina começou a ter contato com a dupla por meio de uma comunidade que compartilhava conteúdo sobre true crimes (crimes reais);
  • A adolescente argentina passou a compreender o idioma após um tempo e, ao rever os vídeos, passou a entender a gravidade daquilo que era pregado por ambos;
  • Depois de tomar conhecimento, a menina conseguiu baixar o material criminoso antes de a dupla apagar o site, bem como todas as provas em documentos. Ela enviou o material para pessoas próximas dos jovens.

A dupla propagava discursos de ódio contra mulheres, negros e gays, além de fazer apologia ao nazismo por meio de um site criado por eles mesmos.

Além de utilizar a plataforma para compartilhar planos macabros, os jovens utilizavam o TikTok para impulsionar os vídeos com marketing para aumentar o alcance do site. Algumas contas chegaram a ser banidas pela rede social justamente pelo discurso de ódio.

Em um dos conteúdos gravados, ambos aparecem mandando recados aos colegas de escola, proferindo ofensas contra pessoas que supostamente teriam cometido bullying contra eles.

“Talvez o que aconteça seja culpa de vocês. Somos os revolucionários, somos os nazistas ‘pá’”, afirma categoricamente um deles.

Veja os vídeos que mostram os jovens planejando o massacre:

O rosto, a voz e a identidade dos menores foram preservados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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Apologia ao nazismo

A dupla fazia inúmeras menções a símbolos nazistas e, em uma das fitas, um deles desenha uma suástica com a poeira solta em cima de um violão. Ao mostrarem o símbolo, começam a saudar líderes nazistas “Heil, Hitler! Morte aos judeus”, bradaram.

Em outra ocasião, desenharam um sol negro em uma praça pública, em referência ao movimento neonazista.

Em determinado momento, os jovens aparecem rindo após mostrarem uma caricatura de Adolf Hitler desenhada em um caderno. Em um áudio obtido pela reportagem, o adolescente fala em espanhol e diz que é filho do ex-ditador nazista.

Veja alguns dos símbolos usados:

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Uma suástica nazista foi desenhada com poeira

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Um sol negro, símbolo do movimento nazista, foi desenhado por eles em uma praça pública

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Material cedido ao Metrópoles



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