São Paulo — O empresário Felipe Figueiredo Simões se entregou à Polícia Civil de Pirajuí, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (4/12), após ser acusado de desviar recursos milionários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru, na mesma região do estado. A informação foi confirmada pelo Metrópoles.
Na última terça-feira (3/12), uma ação policial coordenada por equipes do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold) chamada “Operação Apae” prendeu oito pessoas pelo mesmo crime.
Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos municípios de Agudos, Igaraçu do Tietê e Pederneiras.
A operação investiga funcionários, ex-funcionários e fornecedores de produtos e serviços para a associação. A Apae é tratada como vítima no inquérito policial.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os detidos são três mulheres e cinco homens. A polícia acredita que os investigados desviaram dinheiro para benefício próprio. Todos eles estão presos de forma preventiva.
Ainda de acordo com a pasta, além dos oito presos, a operação também apreendeu notebooks, celulares, veículos, joias, dinheiro, armas de fogo e munições. As investigações a respeito do ocorrido continuam.
Caso Cláudia Lobo
A operação ocorreu em paralelo com a investigação a respeito do assassinato de Cláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos. A mulher, que era secretária-executiva da Apae, foi vista pela última vez no dia 6 de agosto.
Um vídeo de câmera de segurança mostra o momento em que ela deixa o prédio onde fica o escritório administrativo da entidade, com um envelope na mão, em direção a uma Spin Branca.
De acordo com a investigação do Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Bauru, Cláudia e Roberto estiveram no carro. O veículo também foi usado para transportar o corpo dela para a chácara no bairro Pousada da Esperança.
Veja:
Segundo a Polícia Civil, posteriormente a vítima foi assassinada a tiros e teve o corpo queimado em uma chácara. A motivação do crime teria sido um “rombo no caixa” da entidade, com envolvimento direto do presidente da associação, Roberto Franceschetti Filho, de 36 anos.
Ele foi preso no dia 15 de agosto, quando um vídeo desmentiu sua primeira versão dada a polícia e mostrou que Roberto esteve com Cláudia no dia do desaparecimento da mulher. Ele é considerado o principal suspeito do crime.
Fragmento de ossos
De acordo com a investigação do Deic, a geolocalização e a movimentação do celular de Roberto são compatíveis com o endereço da chácara onde foi encontrado o que sobrou do corpo da vítima: apenas fragmentos de ossos.
Reprodução/Redes sociais
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Reprodução/TV TEM
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Reprodução/TV TEM
Como mostrado pelo Metrópoles, a munição deflagrada de uma pistola calibre 380, encontrada no carro conduzido pelo presidente da Apae de Bauru, foi disparada pela arma dele, conforme laudo pericial divulgado dias após o crime.
O Deic de Bauru confirmou a participação de um segundo funcionário da Apae no assassinato de Cláudia. Funcionário do almoxarifado, Dilomar Batista, indicou o local onde o corpo foi incinerado, acrescentando que o cadáver lhe foi entregue por Roberto. Dilomar disse, ainda, que foi ajudou a queimar o corpo da secretária-executiva porque foi ameaçado pelo presidente da Apae.